O meu nome agora é Maria...

E de cães também. Só me faltava esta. Mandam-me um email " Vão comprar camisolas aos chineses!" e eu a pensar, "pronto, é a exploração infantil...". Bem, mas levo um murro no estõmago... Eu que até choro quando morre um hamster no Hospital dos Animais... Pode ganhar o prémio do vídeo mais horrível que vi nos últimos tempos. É uma versão daqueles vídeos das vacas e ovelhas a serem levadas para os matadouros, com pernas partidas e a levarem com paus. Só que aqui são caixas de cães e gatos, feridos, atirados dos camiões para o chão, a serem levados para morrerem e venderem-lhes a pele. Para a Europa e EUA, como sendo de outros animais. Um vídeo que pelos vistos anda na net. Feito pela PETA. (Protecção dos animais). Mas isto é legal? E passa-se na China? A somar aos animais em vias de extinção que são mortos porque certos orgãos entram na composição de remédios tradicionais chineses, é preciso isto... Eu já nem uso peles. Quase nem como carne. Até fiquei mal disposta. I

Twillight, mais uma história de vampiros, com um fundo sonoro bonito "Leave it all the rest" dos L.P. Não li o livro, só vi o filme, mas pelos vistos é um grande sucesso entre adolescentes. Que de resto sempre tiveram um fascínio por histórias de terror vampiros, é simbólico? Sexo, sangue... E no filme lá está a cena clássica, a menina a dormir e o vampiro no quarto num canto, a observá-la. Um dos meus medos de adolescente, que me fez abrir as luzes e espreitar debaixo da cama várias vezes. Voltando ao filme, muito sombrio, paisagens soturnas no interior dos EUA, florestas com lobos e reservas de índios, e uma família de vampiros civilizados que frequentam o liceu local. Claro que o mais novo se apaixona pela recém chegada à cidade, e começa a segui-la, mas uma vez que ele é muito interessante, ela não se importa nada. Quando descobre o que ele é, fica até bastante desejosa de ser mordida, para que nada os separe, mas ele é um vampiro bom, não quer transformá-la num monstro c

Bolas, que gritaria! Parece que moro na Bela Vista... Até abri a porta para ouvir melhor. É a infamous Porteira a discutir com a do 4º por causa dos cães (a empregada). É preciso reconhecer que aqueles bichos pequenitos, ladram até gastarem a corda toda, basta ouvirem alguém no patamar, ou levarem-nos à rua. E os donos dizem "shiu" e nada, ladram pela rua abaixo. A minha dei-lhe uns puxões à trela quando deu ganas disso e calou-se, pelo menos até estar na rua, onde acha que todo e qualquer cão que vê é uma presa a abater... Quase se mata com a coleira estranguladora. Mas a Porteira tem a mania de andar a limpar as escadas tipo às 8 h da manhã ao fim de semana , deve ter que fazer sítios onde ir, e acorda os cães todos. Especialmente aqueles que parecem ligados a um altifalante. Ela agora comigo acalmou, desde que a fuzilei com o olhar e lhe disse " Não fale mais comigo, está bem?". Estava farta de a ouvir "vai à praia?" se eu saia de havaianas e calções, &

Les secrets de la mer rouge , 1932, primeira obra de Henry de Monfreid, seguida de muitas, todas baseadas na sua vida de aventureiro, pescador de pérolas, traficante de armas, etc...no Mar Vermelho, entre a costa oriental da África colonial e a Arábia. A série de TV baseada nesse livro vi-a na RTP1 a preto e branco, com um actor conhecido (penso que era italiano), de olhos claros, como claros eram os mares.... Henry era francês e aos 32 anos decide partir para Djibouti, arranja um barco e vai pescar pérolas no Mar Vermelho. Fantástico, nem sonhava que era uma história verdadeira. Víamos os episódios , eu e os meus primos, nas tardes escaldantes do norte, nas férias na casa dos avós, e suspirávamos pelos mergulhos na água fresca daqueles mares. Quando o pesquisei no google fui dar à Wikipédia, "Os Charutos do Faraó" do Tintin. Aparentemente é nele que se baseia o traficante de armas do livro de Hergé. "A minha independência é total, sempre sobrevivi sozinho... não devo na

Passei o dia com os miudos pois saíam à 1h. Calor. Mc Donalds, casa, fazer bolo de chocolate, andar de bicicleta, prendas, livro "Louca porCompras " (?), penduricos da Pandora, postal, cd dos Linkin Park (parental advisory, explicit content?), bolsa com amostras de produtos para a praia das amigas em grupo, do café... sms , telefonemas e mails, e então que tal é fazer.....? Hummmm.

Natal e anos, são as épocas de prendas para as pessoas normais. Eh, eh, que não são professoras. Eu gosto que me dêem prendas nos anos, afinal, sempre é o meu dia, meu e do Diogo Infante, que pelos vistos faz 42 grr... Entre o Natal e os anos, as pessoas dividem-se. Há quem dê prendas caras no Natal, sobretudo nas festas de família, e depois nos anos, nicles. Eu pela minha parte como já não acredito no Pai Natal, dou aos miudos brinquedos e aos grandes só uma moldura, já que há tanta gente a quem dar. Mas há quem faça gala em dar a "melhor prenda", tipo concurso... Nos anos, acho de muito mau gosto ser convidada, e chegar lá de mãos a abanar. "Não tive tempo, depois dou-te". Até parece que os anos mudam de data de ano para ano e apanham as pessoas desprevenidas. "Deixa lá, não faz mal". Nem que sejam chocolates. É simbólico, gosto de ti, toma lá uns chocolates, ou és-me indiferente, esqueci-me totalmente. Depois há a compra da prenda, o grande problema. Po

Está um vento, aqui está sempre vento. Voltando ao assunto dos presentes, gostam sempre de dar algo aos professores no Natal, Páscoa, fim do ano... Devem ficar cheios de bugigangas que os pais escolhem. Mas as prendas é assim . Há uma etiqueta sobretudo para quem recebe, que é agradecer e jurar que se gostou. "Ah, um crocodilo empalhado!", "veja lá, se não gostou pode trocar", "não! gosto, gosto!" sorriso amarelo. Mas não convém exagerar ou pensam que se calhar faz colecção, e começam a dar-lhe crocodilos de todos os feitio, canecas, bonecos... Então com família, amigos, convém até vestir a roupinha que deram ao nosso filhinho, sempre que nos venham visitar, ou temos que ouvir "não gostaste da camisola que te dei? Nunca vi o menino com ela". "Sim, sim!". Mas não se costuma gostar. Eu nunca gostava, mas eu sou muito territorial com os meus filhos. A mim só embirro é quando me dão livros, quero logo trocar. Tenho cara de ler a Nora Robert

Faz perder calorias. Dormir também.... Não, eu levo-os à escola às 8 h e fico ali com uma hora sem nada que fazer, porque se quero comprar comida, só abre às 9 h. Voltar para casa, apanho trânsito, por isso lá fico a tomar café. Hoje então, era reunião de pais, para dar o dinheiro para a prenda da professora e decidir o quê. Como isto é tudo gente rica, pediram 15 euros a cada um, se derem todos são 25, deixa cá ver... Mas que se há-de comprar com esse dinheiro. Se fosse eu queria um colar com um pendente, de ouro claro... Mas falaram em canetas Montblanc, sei lá o quê do Corte Inglês... Eu (isto sou eu, a prof. não tem ar de o fazer) ía logo devolver e pedir o reembolso, ou gastar em coisas a meu gosto. Por isso concordei com a ideia. Ide escolher algo ao C.I. Ainda tive que dar mais dez euros (10 % do total) da viagem de finalista dos meninos, passada numa quinta a fazerem Peddy Papers, desporto, karaoke, discoteca. Com isto tudo, fui por gasolina e buscar a roupita que deixei a pass

Estou quase a fazer mais um ano de vida. A partir dos quarenta já nem se devia contar, devia-se começar a diminuir. Assim fazia 35. Pronto. A idade importa, sobretudo nos CV para empregos. São logo postos de lado, calculo. Por acaso nem acho bem. Não é que eu quisesse trabalhar lá, mas uma amiga concorreu a empregada de uma loja de roupa, foi às entrevistas, correu bem, mas não a chamaram. Depois a loja abriu e eram só miúdas de 20 e tais, magras e antipáticas. Noutra loja que fui, pedi para ver uma mala que estava na montra e o rapaz trouxe outra diferente, e depois ainda disse "para mim carteiras são todas iguais"... Está bem, vou trabalhar para uma loja de desporto, e pedem um capacete de skate e eu trago um de patins e digo " ah, isto para mim é tudo igual". Por acaso não é, comprei um preto para andar de bicicleta e são bem horríveis... Na loja havia também umas scooters chinesas (mais baratas que as japonesas) e ainda estive lá a olhar para uma vermelha, só é

Não há fome que não dê em fartura. Começo a acreditar nas cartas, nos signos da Maya... Previam muita procura, para a geminiana que eu sou, e que se limitava a olhar de ladecos a ver se o carro do vizinho giro estava na garagem, ou se haveria alguma hipótese de ir com ele no elevador, ou que estratégia ousada de abordagem poderia usar para o levar a convidar-me para um copo , chez moi... A calcadela no travão do elevador causando a sua paragem entre andares já me surgiu, seguida de um tropeção para cima dele, ou será muito bruta? Tenho de ser mais subtil. Um cartão no carro... ele atirava logo fora, pensando serem os montadores de estores. O rapaz é muito inquisitivo, e apanha-me nas ocasiões mais delirantes, como quando eu estava meio metida no caixote do lixo dos jornais, a tirar alguns para a Coockie não me sujar a varanda. "São para o cão" digo eu "ah, " diz ele incrédulo, "ele lê?" ... Ele é simpático para toda a gente, mas comigo não fala com aquela

Neste livro, Margarida Sarda começa por se declarar não cozinheira e ensina-nos a fazer uns praticos raviolis congelados (ferver em água, pôr no pirex e cobrir com molho de béchamel de pacote e ketchup e gratinar no forno) e termina com uns Vatapás de Camarão e Angu de Arroz, complicadíssimos. Lá pelo meio tem duas receitas mais ou menos, parecem boas. Na minha memória gustativa ficaram gravadas duas receitas: a do Strogonoff e a da gelatina de coco cor-de-rosa. São dois pratos magníficos para você servir quando der um jantar em que as pessoas não caibam todas sentadas à mesa, pois nem um nem outro necessitam do uso dafaca. É horrível quando a gente vai a um jantar em que os convivas são obrigados a equilibrar nas mãos, o prato, o copo, o guardanapo, e ainda por cima têm de usar a faca. Já cheguei a passar fome nessas ocasiões só com medo de derrubar tudo no meio do chão... Vamos ao Strogonoff. Arranje quilo e meio de carne às tirinhas (pode ser lombo, ou frango) de dois centímetros e

Segundo o livro do meu filho, eu tenho características masculinas. Começa por o meu dedo anelar ser maior do que o indicador. As mulheres têm do mesmo tamanho. Aqueles testes dão-me mais capacidades espaciais e lógicas que verbais. Não gosto de actividades tradicionais femininas: cozinhar, coser, organizar festas. Detesto ir ao cabeleireiro e quando vem a empregada fecho-me no quarto para não ver o que ela faz (apesar de ser uma miúda mto simpática). Perco as coisas, mas acabo por as encontrar. Agora com tudo isto, gostava de ter algumas vantagens dos homens. A saber: passear na rua sem me incomodarem, convidar para sair quem me apetece, sem ser considerada atiradiça, pôr na ordem os mal educados, ir a uma entrevista entre dez mulheres e ser eu o escolhido... etc. Esta coisa de serem os homens a escolherem, e as mulheres baterem as pestanas e serem cabras umas para as outras, não faz mesmo o meu género.

Afinal não houve consulta. Tentaram contactar-me mas o nº estava errado. Fui ao cabeleireiro tapar as raízes. Já vou fazer... mas ao menos que não tenha brancas. Já tentei ficar com ele grisalho, o meu ex achava que me ficava bem. Muito bem. Andar sem maquilhagem também, e de saias pelos pés tb. Uma vez levava uma pela mão e o outro no carrinho e na worten fui seguida pelo segurança. Estou a ver o episódio 9 da 5 série dos Perdidos. Bolas é só gente bonita. O Doctor, o Sawyer, a Kate... Estão em 1977, a Ilha deu um salto no tempo. Gente gira. Posso estar horas a olhar para eles. Nos filmes. Nas revistas andam aos pares. Vi uma data delas no cabeleireiro. Aquele Sawyer (Josh Holloway), tem uma mulher bem normal. Mas em geral não é assim, casam com colegas de profissão.

Bonita expressão. Mais provas de aferição, às dez. Mas aqui levantaram-se às 8 h e às 9 h estavamos na escola. Crise de pânico, o miúdo esqueceu-se da régua. Disse-lhe que lhe comprava outra (0,70) na papelaria, ficava mais barato que voltar a casa ir buscar a dele. A miúda entrou e nós fomos a pé à loja e voltámos. Beijinhos até logo. Não estava ninguém no café por isso não fui lá. Ontem fui e estava um vento gélido e nós na esplanada, pois agora todas fumam, menos eu e Ana. Eu ando só a espirrar (asma, alergias?). Voltei para casa e vi as mensagens, mais mails das E.E. a sugerirem presentes para dar à prof. Vai desde cheque compras, a pulseira Pandora, a mala, a ramos de flores, a reprodução de pintura do museu de arte antiga. Eu sugeri uma peça de decoração de vidro da Marinha Grande, mas ninguém ligou. Nunca foram à loja, de certeza. Parecem peças de Murano, côr de ambar, eu gostava de uma. Há lá uma mãe magra e loira que fala "assim" que às vêzes vai ao café, e quando co

Gastar dinheiro é tão fácil! Vem a empregada uma vez por semana, que eu já me doem as costas de lavar banheiras. Mas não damos conta da pilha de lençois, é melhor levar à lavandaria. Depois é o IRS, não encontro a escritura, lá vou eu à sra. notária buscar outra. Passo naquela loja e vejo um camiseiro mesmo bom para a minha mãe. E dois vestidos que me ficavam bem. "Leve os dois!". Claro... Vou à farmácia tenho remédios pendentes, tome lá as receitas, more money. Almoço com a farmacêutica que é minha amiga do ciclo, não, aí ela pagou. Recebo o telefonema da filha "vem-me buscar!". Não almoçou, era salmão, que chatice. E tinha de comprar uma rosa vermelha para pôr no cabelo para a dança. McDonalds (só ela) e rosa, e boné. e umas luvas para andar de bicicleta (para o irmão tb). Continente e só levo mesmo comida, nem chega para duas horas de parque. Estou lixada. Vou perguntar à médica se o remédio não retira o síndrome das compras compulsivas. O meu último vício. Vou m

Tirar o frango da arca. (ihihih, não tenho, só congelador) . Para descongelar mais depressa, pôr água quente numa tigela e enfiar lá o frango dentro do plástico. De preferência tirar o frango na véspera para ter tempo de descongelar normalmente. Para o molho: Pisar num almofariz (siimmm...) : 2 alhos, salsa picada, chouriço ou toucinho, sal, pimenta, 1 colher de sopa de manteiga, limão ou vinho branco, sal (uma colher de sal) - ei, já tinha - dito!, 1/2 colher de colorau. Pôe-se o frango e as batatas (quais batatas?) cortadas em quatro num tabuleiro. Barram-se com a mistura e metem-se no forno no 6 ou 7 (?). Daí a um pedaço vira-se o frango e pôe-se-lhe o molho em cima. Fica assado em quarenta minutos ou uma hora. Frango assado da mãe, notas de filha, 1980.

Amanhã, provas de aferição do 4º e 6º ano, o que quer dizer que fazem os dois. Estiveram a fazer uma de treino, com os minutos contados, são fáceis. Não tenho ansiosos aqui em casa. Fomos andar de bicicleta, jogaram playstation, tomaram banho. Se fôsse eu andava uma pilha de nervos, apesar daquilo não contar para nota. Quantos mais A a escola tiver, melhor. No quarto ano a turma da minha só têve A e B. A minha dois A, offcourse. São genes, hereditariedade, ambiente. Ambiente de pais divorciados, mas parece resultar. De mim, que estou sempre ali, para se irem agarrar se estiverem com carências. Do pai o estímulo para fazerem o melhor.. Porque é o mínimo que se espera deles. Mas como eu estive sempre ali, a ler, a explicar, a mostrar, a elogiar, os níveis de confiança deles devem ser altos. Mas a exigência também é deles, não querem atrasos meus, não querem que tenha amigos, não querem que arranje trabalhos que os obriguem a ATL. Daqui a uns anos não querem é que os chateiem. Espero ter

A minha mãe já quer revistas e roupas por isso presumo que esteja melhor. Comprei a...revista de Tv e fiquei espantada. Não lia há muito tempo e fiquei logo a saber porque é que o MST tem barba e vai ao brasil, e se está a divorciar. Não sabia nada... E outra que se casa às escondidas, e outro que vai a uma festa sem a namorada, e ainda por cima está-se a rir! E a entrevista ao Herman, com perguntas como "Não receia que pintar o cabelo de loiro o faça parecer efeminado?" ou assim, gosh, ele ainda respondeu "vá perguntar isso ao Sting "... e outras completamente abusivas... Parece eu quando fiquei sem bateria à porta da escola e o meu sobrinho de 22 anos me foi lá desenrascar com os cabos. Eu bem vi os olhares curiosos da Porteira, auxiliares, mães... se fosse famosa lá estava "com um jovem amigo à porta da escola, a recém divorciada G. muito bem disposta". Era o sobrinho, não tenho culpa que seja alto e giro. But I am shocked, indeed I am!

Começou uma troca de emails ente E.E. da turma do 4º ano do meu mais novo. Por causa da viagem de finalistas. Tradição que anteriormente se fazia no final do curso. Depois no final dos secundário (11º ano, viva eu em Torremolinos em 1979 ou 80), depois a minha filha foi três dias para o algarve no final do J.I. A professora não estava com muita coragem (são quase só rapazes), mas alguns pais vão ajudar (passear), e não é para a praia, parece que é para uma quinta. Com muros altos espero. Curiosamente este preocupa-me mais, é o mais novo. A mais velha é mais rija. E é mulher, não vai em cantigas. Estou a imaginar as parvoíces que estes inventam, além das lutas de kung fu.

Ontem parece que alguém me tinha espetado uma agulha na testa, tipo boneco de Vodu, pois andei todo o dia a vomitar e a doer-me e a cabeça. Estas coisas que aparecem do nada parecem mau olhado ou mau karma (isso não, o meu saldo é positivo...). Uma vez na praia, uma cigana velha insistiu em ler-me a sina. Isto e aquilo e trabalhara na aviação (quente, no aeroporto) e namorara com um senhor dos aviões (é preciso ser bruxa...acertou no número, vá lá), estava sozinha (sim, ali com uma amiga) mas ía ter uma relação importante (casei-me...). Depois por mais 500 escudos tirava-me o mau olhado que pesava sobre mim. Fez lá uns truques com uma linha na minha mão e disse para eu queimar a linha em casa. Fiquei meio chateada com uma coisas que disse, e daí a nada vimo-la passar com duas sacas de supermercado, a minha amiga disse que eu tinha feito a minha boa acção mensal e eu concordei. Mas queimei a linha e senti-me muito melhor. Mas se me mandassem carregar num botão e fazer desaparecer alguém

Bicicleta Órbita original da fábrica de Águeda, a trabalhar há 34 anos Calor de novo. Eu acho que os da meteorologia se limitam a descrever o dia de ontem, quando fazem a s previsões de amanhã. Aquele dia em que o D. aprendeu a andar de bicicleta. Finalmente. Um vento de rachar, nós no páteo, e a mãe dedicada de ténis a correr ao lado dele, segurando-lhe o blusão (se ele caísse salvava o blusão). Mas aos zigs e aos zags, lá controlou a bicicleta. Eu e a irmã batêmos palmas, nás que andamos desde os seis, ou oito. Agora quer ir todos os dias treinar, para não se esquecer. Por isso estava eu às seis, um vento doido, e os vizinhos a chegarem e a verem-me andar na bicicleta de florinhas da irmã. Ao menos pus na mudança pesada, para fazer exercício.

Maria Rosa Colaço, falecida em 2004 , foi professora, jornalista, viajou por vários países, na Europa, África. Segundo dizem os filhos, ficou sempre marcada pela primeira turma a que deu aulas, crianças sem nada, mas com grande vontade de aprender. Gostavam de escrever poemas e com eles fez uma exposição, ilustrada por pintores contemporâneos e editou-os em livro. Na introdução do livro diz: (...) A escola que me deram, não era um desses poéticos lugares, brancos e cheios de flores com que sonhamos no fim do curso: era um velho primeiro andar, de uma rua suja de sal, pregões e humidade. Os rapazes que me deram, também não tinham nada de comum com esses meninos de bata branca, normais nos primeiros dias de aula e que as mãezinhas nos entregam como se fossem porcelana. Lembro-me do nosso primeiro encontro, tão comovidamente, que receio não encontrar a palavra exacta para o esboçar. Abri a porta e eles entraram.Eram quarenta e cinco e faltavam carteiras. Faltavam muitas carteiras, mesmo q

Céu Ó meu céu que és tão lindo com essa vestimenta azulinho claro! que tu gostas tanto de mim ó meu céu da cor dos olhos da minha mãe. josé telmo 8 anos O AMOR É UM PÁSSARO VERDE NUM CAMPO AZUL NO ALTO DA MADRUGADA vítor barroca moreira 9 anos Dia de natal Tristeza vai-te embora Tristeza pequena morte. Chega a noite, vai-se o dia e assim há-de desaparecer este pobre diabo que eu sou com calças rotas camisola cosida. esperavas um milagre nesta noite de natal? A camisola não recebeste as calças não tas deram. Bem feito para não acreditares em anjos. mário 1960 Ver mais no blog Maria Rosa Colaço. blogspot

Já estão todos a fazer campanha no Bairro da Bela Vista, ou sobre os conflitos lá. O Portas já está a dizer que os imigrantes têm que vir para cá trabalhar e não criar distúrbios (?). O do Bloco (agora não me recordo do nome) diz que "estão fechados em blocos de cimento desumanizados..."- Olha! Também eu! E ainda pago e tudo! E nem tenho varanda para assar sardinhas! Vou já ali num instante apedrejar a bófia, andam a multar as pessoas e tal... Por falar nisso (em desigualdade) encontrei em casa da minha mãe um livrinho de textos infantis recolhidos por Maria Rosa Colaço quando deu aulas numa escola a 45 alunos, nos anos 60, em Cacilhas, Almada. Nós somos tristes Na noite de carnaval eu muito triste, e via as pessoas magoadas. E a cor do céu também estava aborrecida. E os homens das laranjas sem apregoar. E eu não sabia o que tinha sido. Mas quando a minha mãe, voltou, disse-me: os polícias voltaram a bater nos vendedores. E eu disse à minha mãe: que chatisse! E a minha mãe de

Mãe! eu volto a te ver na antiga sala onde uma noite te deixei sem fala dizendo adeus como quem vai morrer. E me viste sumir pela neblina, Porque a sina das mães é esta sina: amar, cuidar, criar, depois perder.... (não sei de quem é o poema) Ontem fomos de manhã à casa de repouso , algures em Odivelas. A minha mãe estava na sala da TV, e levamo-la numa cadeira de rodas ao quarto. Os miudos adoraram empurrar a cadeira e enfiá-la no elevador, com a minha mãe a dizer que queria lanchar. Era meio dia, por isso não era possível. O quarto é bom, tem lá a outra senhora que ora está deitada ora na cadeira, com a tv do quarto ligada, mas sem olhar, nem falar. Se fosse eu tinha um bocado de medo. Era capaz de ficar toda a noite a vigiá-la, não fôsse ela levantar-se de noite e qual vampiro, ganhar vida.... Coitada. A minha mãe não lhe liga nenhuma. Depois fomos passeá-la no jardim, ver as flores e gaiolas de pássaros e já se estava a rir e a mandá-los ter juízo, havia lá uma descida um bocado inc

Jeff Bezos, da Amazon, apresenta Kindle Mudam-se os tempos Mudam-se as vontades, já nada é como soía.... Já dizia o Camões...Curioso como se tem sempre essa sensação. Eu por exemplo guardei o bébé chorão (Joãozinho! que ninguém me tocasse no Joãozinho!), guardei as revistas do Mickey, os livros dos Cinco, para os meus filhos... sim, pois. Com Baby Sophie a falar, nem olharam para o chorão. Os Mickeys são em brasileiro. Os Cinco ela leu dois ou três e perguntou se eles não tinham pais, e porque faziam férias sozinhos. Ahn...pois é.... Ele perguntou se eu tinha computador quando era pequena. Não, só quando era grande. Se havia Cds, DVD, Mp3, sim, abelha. Havia livros e patins e bicicletas e bonecas e carrinhos. Há anos que eu ando a dizer que deviam inventar um livro/computador. Onde se metesse a "cassete " com o livro e se lêsse ali, aumentando as letras, mudando de página. Agora vejo na Oprah que já há. Descarrega-se da net por 10 euros o livro da Amazon que se quiser. Ou o

São nove horas vamos às notícias. Não me interessam os confrontos no Bairro da Bela Vista em Setúbal. Os jovens vão à esquadra manifestar-se contra a polícia, a polícia vai ao Bairro, encontram cocktails Molotov... Ontem vi um bocadinho do da TVI. Com o M.S.T. de barba, a comentar. Cada vez mais conservador. O Caso Maddie. O pai foi à Oprah mais uma vez contar o seu caso. Foram jantar e deixaram os filhos no quarto e alguém levou a filha. Pode ter sido assim, simplesmente. Alguém a roubou, matou e enterrou o corpo. Mas aquelas pistas de sangue no quarto, no carro deles... O MST acha que há perseguição ao pai, curioso que não falou na mãe. Acho que ela demonstra demasiada angústia para quem está inocente. Se fosse eu, seria o contrário, ao princípio ficava histérica em estado de choque, depois iria à TV olhar firmemente a câmara e dizer que estava indignada com tudo e que estava inocente. Acho eu. Sei lá. Noc, noc. Na madeira. Depois os animais explorados em circos. As pessoas não vão s

Dias longos. Não sei porquê mas parece que os dias não passam, nem as horas. Passo a ferro e só passou uma hora. Vou passear o cão e é 15 mn. Aspiro e fico quase surda (este aspirador novo é bom e estava a 39.99 Samsung, mas havia uma razão para isso). A cadela tem tanto medo que se esconde na marquise. Ponho a roupa a lavar (sim, todos os dias!). Por falar nisso, estive uns dez minutos de volta da máquina (sim tb é nova, a outra parecia uma estrela dos anúncios do calcário). Tinha de fazer a primeira lavagem sem roupa. Detergente no compartimento dois, seleccionar programa a 90 graus, carregar botão início/pausa. Sim , já estava tudo. E ela nada. E eu puxei e empurrei o botão de rodar os programas e nada. Voltei ao livro de instruções, e lá estava "Verifique se a máquina está ligada e a entrada de água". Ah, aquela torneira atrás da máquina, que claro, o senhor que veio ligar a máquina deixou desligada! Agora está ali a fazer barulho (também foi barata, custou metade da de l

Hoje sai a minha mãe do hospital. Por isso não fui lá, levam-na para uma casa de saude. Eu não gostaria, para já não se pode levar os animais de estimação. Não que ela os tenha, teve em casa o saudoso Tintin, o maior e mais selvagem gato que já vi, era meu mas gostava mais de viver ali. Nos últimos anos ficava fechado na marquise, mas punha-se a empurrar a porta sempreque eu lá ía e eu soltava-o, para ele arranhar como deve ser a carpete. Sempre que lhe cortava as unhas fincava-me os dentes na mão, vinha de lá toda arranhada. Era muito meu amigo.

Calor, calor... mas eu gosto. Ao meio dia lá estava no hospital, ninguém me barrou a entrada apesar da visita ser às 12h 30 ....e só agora o percebi. A médica da mãe encontrou-me no corredor e perguntou: " e como está a cabeça?" e eu, "doi-me um bocado, deve ser a hipertensão"... Eh eh eh. Era a da mãe. No quarto estão 4 senhoras e já percebi porque nenhuma auxiliar passa por lá. Se se dá um guardanapo a uma, outra pede uma arrastadeira , outra que se lhe suba a cama... Deixam ali os tabuleiros dos almoços, quer as pessoas os comam quer não. Com aquelas garrafas de água fechadas, que é preciso força para abrir, e elas com agulhas intravenosas nas mãos. Claro que tive 4 garrafas para abrir. Lá mostrei fotos dos filhos e mandei umas chalaças sobre portarem-se bem, e estarem sempre ao telemóvel. E estão. Mas uma pessoa no hospital fica assim. Ou brusca e distanciada ou exageradamente alegre. "Ora aqui estão as princesas da enfermaria!" dizia uma enfermeira.

Dia muito cansativo. Acordar cedo , levar miúdos e esperar pela empregada, que vem às segundas. Uma miúda brasileira muito competente, deixei-lhe os panos, e os detergentes e o esfregão de arame e esteve aí três horas a limpar a cozinha. Quando já não aguentava mais de fome disse-lhe que estava bem e na próxima segunda limpava a sala. Ao menos está calada, não é como a Ucraniana que me queria ensinar a limpar. E que me obrigou a ir comprar Mistolin. que depois ficou no armário até esta vir. Vi o brilho maldoso da outra no olhar que me condenava ao Gulag dos intelectuais, por estar a ler em vez de ir aspirando. É por isso que convém trabalhar fora, para pagar a empregada, e não estar em casa com ela. Além disso um emprego dá Segurança Social e descontos para a pensão. Fazer trabalhinhos sem recibo não é vida. Esta já tem Seg.Social da outra patroa, não pede. Ufa.

Ontem não fui ver a minha mãe. Era o dia da mãe mas a mãe fui eu. Não deixam entrar crianças naquele serviço. As crianças vieram do pai e deram-me os seus presentes feitos por eles, e dois comprados (uma moldura e um porta-chaves). Os que eles fazem são sempre mais giros, o dela uma moldura e o dele um desenho plastificado para servir de base de pratos. Muito engraçado, comigo e com ele dentro de uma pizza, eu com imensos caracois... A dela foi de moto próprio, não foi feita na escola, e tinha flores em canetas de brilhos. Tão queridos! Depois ele foi a uma festa de anos e nós a um hipermercado. Comprei-lhe roupa de verão e um relógio para dar à minha mãe. Que estava lá no hospital e nem tinha o telemóvel.

Que é a astrologia Das oitenta e oito constelações, doze são chamadas os signos do Zodíaco ou "signos". O signo depende da data de nascimento (...) Como sabemos qual o signo que recebêmos? Se o Sol não fôsse tão brilhante, seríamos capazes de ver as estrelas tão bem de dia como de noite. Os signos do Zodíaco baseiam-se nas constelações que estariam atrás do Sol. Durante o ano, o Sol percorre sucessivamente as doze constelações do Zodíaco. Demora um mês a percorrer cada uma. Por exemplo a 15 de Maio o Sol está em frente de Taurus, mas a cerca de três de Junho deslocou-se para Gemini. Infelizmente há uma ligeira complicação com os doze signos. Desde os tempos antigos, quando o Zodíaco foi organizado a primeira vez, a maneira como as estrelas foram divididas em constelações foi alterada. Os astrólogos ainda utilizam o velho sistema, mas com o sistema moderno, em vez de passar directamente de Escorpião para o Sagitário, o Sol atravessa uma décima terceira constelação chamada Ophi

Ao sol a ver o mar, com três amigas, e umas limonadas ou cervejas, nem sei do que falámos , mas não foi de homens. Uma solteira, uma casada, uma divorciada, uma viúva. A casada era amiga recente pelo menos minha) mas como pensa divorciar-se, estava muito interessada em mim, pois também tem dois filhos. Consultora de Divórcios. Cool. Depois fomos jantar a uns chineses que eram buffet "coma até poder" e como não tinha almoçado... (fui ver a mãe a almoçar e perdi o apetite). Saí de lá quase a rebolar. Imenso calor. Andei todo o dia de óculos escuros.

Se me fizessem isso, como surpresa, mandava uns gritos de horror em directo! Estou aqui a ver o programa, e estão a reciclar o quarto do casal. Uma surpresa, aquele casal de cinquenta e tal anos, vai ficar tão contente. A mobília maciça de pau brasil (pau santo, mogno?), cheia de veios, pintadinha de branco! Um lindo papel de parede dentro do roupeiro. Um às flores grandes na parede. Tudo com as cores contrárias ao que eles tinham. Nos quartos das crianças gostam de retirar armários para criar mais espaço. As roupas e brinquedos ficam em prateleiras, em caixas. Que bom. Dá imenso jeito para arrumar. O resultado prático é roupas e brinquedos pelo chão, quando era mesmo fácil atirar tudo para dentro de um armário, e nem apanhavam pó.

Os irmãos, são tão diferentes, mas muitas vezes tão amigos.