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A mostrar mensagens de julho, 2008

Crepúsculo

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CREPÙSCULO DE VERÂO O dia de verão agoniza. O céu e o mar têm os olhos vermelhos e brilhantes de chorar. O dia esplêndido foi-se. O céu e o mar põem luto de seda cor de anil. Teresa Rita Lopes, A Fímbria da Fala

Pretty As A Picture

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Shall I compare thee to a summers day? Thou are more lovely and more temperate: Rough winds do shake the darling buds of May, and summer´s lease hath all too short a date: Sometimes too hot the eye the heaven shines, And often is his gold complexions dimm´d: And every fair from fair sometime declines, By chance, or nature´s changing course untrimme´d; But thy eternal summer shall not fade, Nor lose possession of that fair thow ow´st, Nor shall death brag thou wander´st in this shade. When in eternal lines to time thou grow´st; So long as men can breath, or eyes can see, So long lives this, and this gives life to thee. Sonnets - Shakespeare. Complete Works, Oxford, 1980

Assunto antigo

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Detesto críticas, é que detesto mesmo. Se fossem fundamentadas, agora do "género, mas quem é esta e o que faz aqui?". Grito, o mais alto que posso, "estou aqui! existo!". Tudo o que seja mais para o feminista, polémico, leva machadada. Incomoda os meninos é? E se calhar algumas meninas, contentinhas com o staus quo, o pia baixinho e vai-te safando, com as migalhas que te deixam levar... Sim, a mulher é prejudicada por ser o sexo fraco. Por ter menos força e ter de criar os vossos filhos. Por ter de ser a vossa mãe a vida toda. Por se não casar , ser considerada uma falhada. Por se trabalhar ter que ser como um homem para ter sucesso, e para isso contratar outra mulher para lhe tratar dos filhos. Não um homem, que esses preferem trabalhar na limpeza das ruas a ser domésticos, é mais digno. Para quem trabalha e tem um marido, este pode ajudar. Ajudar. Não é dividir o trabalho, que obviamente lhe compete a ela, ele é que é tão moderno, que até põe a mesa e arruma o que

Recuei no Tempo

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"Oh, I don´t wanna dance, dance with you baby, no more...no more, no more, no more..." Não sei o vídeo, mas acho que é do Eddie Grant. Regressei atrás no tempo. A minha cadela bem me respira pesadamente nas pernas e se dirige para a porta, mas eu só venho cá comer e dormir! São amigas a convidar para jantar, cinema Procurado com a Angelina Jolie (não , ela entrava no filme), uma fila (antes era bicha) daquelas horríveis na Costa, em que não se avançam dois metros por hora, e no carro aos berros esta música... As amigas é que são! E depois sms a uns que andam a dizer que nos querem conhecer, da net, bute. Docas. Sítio X. Praia completamente atafulhada, tostas no bar, cerveja, ena, temos que voltar, adormecemos na praia, era à meia noite lá não era? Já te venho buscar, vamos a mudar de roupa já... E temos 40 anos, não temos 20, e dez quilitos a mais que aos vinte, mas ficam-nos bem, e os filhotes estão de férias nos pais, ainda bem que nos casámos!!

poderiglória: Im Nin'Alu#links

poderiglória: Im Nin'Alu#links

De Volta a Casa

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Voltei hoje de férias, do sul. Mesmo a tempo, pois a invasão dos portugueses começou, já não é só a malta de Manster (Manchester) e Liverpool. Estes são bem mais ferozes, acotovelando-se no Modelo e querendo ser servidos rapidamente, que já se sabe que estes mouros são uns calões. No meu último banho de praia, consegui nadar sobre uma rocha, isto por ser maré alta e estar o mar revolto, e saí com a perna a sangrar do pé ao joelho. Como não posso ver sangue, sobretudo meu, fui ter com o nadador salvador, que me levou qual donzela em perigo para a sua cabana. Logo me informou que as rochas eram muito infecciosas e que ele mesmo tinha dado uma topada numa rocha e tinha ficado sem unha, como me demonstrou. Cada vez mais enjoada, declinei a proposta do alcoól (nas feridas... ai ai...) e declarei preferir o Bétadine. Consegui vir a coxear para casa e hoje já tinha o pé em condições de conduzir, do ameno Algarve (29 graus) para a tórrida Lisboa (35 graus). A viagem foi sem percalços, excepto

Praia Sem Net

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Apesar de detestar rotinas, todos os anos venho parar à mesma praia, o mês é que varia. E Junho, Julho, Setembro , é que são bons, mas com dois miudos na escola só se consegue na 2ª quinzena de Julho. Mas finalmente cá estamos, e logo que chegamos vamos a correr para a praia, com as toalhas e chinelas que a casa é perto. A maré está alta, e os concessionários ocupam a praia quase toda, por isso ficamos logo ali à frente das cadeiras, e vamos ao banho. Muita boa! Depois vamos explorar a praia, fazer o caminho das rochas, mas está mais perigoso a cada ano, será que quando era pequena também era assim tão a pique ? Tomamos banho e voltamos e agora há o homem das bolas de berlim, antes não havia, e comêmos uma... Começam depois a enterrar-se, a fazer múmias (a mim não!), a maré a baixar e a praia a aumentar. Realmente há muitos estrangeiros aqui, melhor, e famílias com bébes a chegar. Cerca das 7 h começa a sombra a esticar e temos de começar a pensar na subida para casa. No dia seguinte

Perfeito Anormal

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Há pessoas que nos fazem sentir um perfeito anormal. Tudo o que fazemos está mal, e se pedimos ajuda é "dá cá que eu faço" e fazem e nós nem conseguimos perceber como, mas queremos, para fazermos nós sozinhas da próxima vez. Às vezes pensamos, "sou tão sózinha, adorava que alguém me ajudasse a fazer isto", e quando temos, e fazem tudo por nós, ao princípio é bom, uma figura paternal a proteger-nos, mas o preço é sempre alto demais. Começam a proteger, a fazer por nós, a controlar, a mandar, e a certa altura já não temos uma palavra a dizer, o que dizêmos não interessa, na relação não temos poder, e enfim sentimo-nos como um perfeito anormal. Quando quem é o perfeito anormal é o outro.

Lost in life

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Ontem deu na Fox o último (?) episódio do LOST (Perdidos). Ficou assim então? E o pobre do Sawyer, não morreu espero. Sempre gostei do Lost, desde o princípio. Pareceu-me uma metáfora da minha , ou nossas, vidas. Vai uma pessoa num avião, há um acidente , e bum!, lá estamos nós numa ilha, rodeados de desconhecidos, a tentar sobreviver num meio hostil, e sem dúvida fora da nossa rotina habitual. Nós tendemos a considerar tudo como certo, resigamo-nos ao que tem de ser, ou vamos, cantando e rindo, seguindo as nossas vidinhas, sem nos preocuparmos muito com os outros. Que o digam os Nova Iorquinos , quando no 11 de Setembro levam com dois aviões, a lembrar-lhes que o mundo existe, e não está todo do lado deles! Apesar de serem paradoxalmente, segundo as sondagens, o país mais detestado mas também aquele onde a maioria das pesssoas gostaria de viver. Aqui é o mesmo. Por mim falando. Vou levando a vida dia a dia, Carpe diem e as noites também, e depois há sempre qualquer coisa que me abala,