Ruth Rendell - A Árvore da Malária (cont.)
Ficou em silêncio, a pensar nisso. O carro dos guardas seguiu-os até ao acampamento. O céu estava nublado e amarelo, com o entardecer. Ele tencionava deixá-la na selva, voltar para o acampamento sem ela, ver a escuridão abater-se, sabendo que ela estava lá, sem dizer uma palavra a ninguém, e quem notaria a sua ausência? Ele não iria ao restaurante e no dia seguinte sairia cedo , não era preciso fazer ckeck out, estava tudo pago. O crime perfeito. Se encontrassem os ossos estariam rasgados pelas hienas e chacais e aves de rapina. Ele voltaria para casa e para Margarida. Nessa noite ele foi mais simpático com ela. Pediu champanhe e outros pratos caros da ementa. Estaria com medo que ela tivesse percebido o que estivera para acontecer, horas atrás ? Ela quase não comeu. Nunca mais estaria em segurança com ele. Quem sabe se fora a primeira vez ? E se ele tivesse substituído os comprimidos de quinino por aspirina ? Se a tentasse afogar na banheira ? Só estaria em segurança se o deixa...