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A mostrar mensagens de maio, 2013

50 anos

No outro dia fiz 50 anos, pois é. Eu ainda me custa dizê-lo. Mas estava bem disposta, ligeiramente histérica, até. Quando me telefonavam a perguntar se eram mesmo 50, eu dizia que sim, este ano era. porque o ano passado uma data de gente me fez a mesma pergunta e eu toda chateada dizia que eram ainda 49.... sim que entre as duas datas vai uma eternidade.  Depois os que eram mais novos diziam coisas como " mantém essa juventude de espírito " e os mais velhos que eu " o que importa é ter saúde " .  Realmente o que importa é ter saúde, e amigos. Este ano só me telefonaram as pessoas que são verdadeiramente meus amigos. Isto porque o ano passado só atendi um ou dois telefonemas, não me apetecia receber parabéns de pessoas que me ignoram o ano todo, e lá porque lhes aparece no telemóvel que faço anos, se pôem a ligar. Assim, essas pessoas devem ter ficado amuadas, e as pessoas que realmente gostam de mim, esqueceram-se que foram ignoradas, ou já me conhecem e não ligam...

Malucos Do Circo

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Eu via os " Malucos do Circo ", (titulo até bem escolhido ) em 1977, penso eu, quando deu a primeira vez. Era pequena mas ria-me com tudo, se bem que só agora que revi o sketch dos " homens que gostam de se vestir de ratos " é que percebi que era uma sátira ao que se dizia dos homossexuais. Gostavamos sobretudo de piadas simples, como a história do homem que escreveu uma piada tão engraçada, que morreu a rir quando a releu. Depois toda a gente que a lia rebolava a rir até à morte, e foi então traduzida para alemão e usada na guerra. Era engraçado ver os soldados no meio das bombas a lerem em coro, em alemão, um texto num papel, e depois os soldados alemães a cairem que nem tordos agarrados à barriga. Claro que nunca chegavamos a saber qual era a piada, mas passavamos um sketch de uns 5 minutos a rir.  Há muitos sketchs conhecidos, como o do papagaio morto, em que um homem tenta devolver o papagaio e o lojista insiste que não há nada de mal com ele, só está a dormir...

Luta pela cama

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O nosso país está cheio de "single parents " ou só de " singles ". Isto em português, quer dizer adultos que vivem sozinhos, ou com os filhos. Na américa uma pessoa pode casar-se seis vezes que quando se divorcia volta a ser " single ". Não é como cá, que somos divorciados, separados, solteiros....  A vida dos singles acaba por ser um tanto sozinha, em casa. Os filhos, se temos, de vez em quando vão para os pais, e não andamos sempre em festas, como os casados pensam. Arranjamos então amigos virtuais, tamagochis, e assim, para nos entretermos em casa. Mas também cães, gatos, coelhos, tartarugas. Alguém que venha ter connosco quando chegamos a casa. A quem dar de comer, falar e pegar ao colo....E ralhar, claro.  Bem, eu tenho a a gata de dez anos, da filha, muito bem educada e esperta. Para animar as coisa, arranjei um gato, género macho maluco, que salta e corre, apesar de lavar sapatadas da gata . Em dois anos ficou com o dobro do tamanho dela e só está...

Cheio de nove horas.....

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Cheio de nove horas Antigamente, nove horas era o horário ideal para se recolher. A história consagrou as nove horas (da noite) como a hora como a hora em que as pessoas deviam se recolher. Era a hora de interromper uma visita, um jogo ou qualquer diversão e ir para casa.  O Brasil adotou esse costume, documentado em diversos textos, inclusive num poeminha popular do século XIX: “Nove hora! Nove hora! Quem é de dentro, dentro, Quem é de fora, fora!” Nessa época, o regulamento do serviço policial do Rio de Janeiro e de outras cidades brasileiras tinha um dispositivo advertindo que, depois das nove horas, “ninguém será isento de ser apalpado e revistado”. E foi nessa mesmo século que surgiu a adjetivação  cheio de nove horas  para o sujeitinho cheio de regras, de censuras, e de limites às alegrias alheias.

Dia da mãe

Mãe que me deste a vida que fizeste de mim a tua profissão Beijavas-me e eu beijava-te e levavas-me pela mão. Dormias comigo quando eu tinha medo ou não me queria separar de ti. Cresci, parti. Pari. Mas a tua casa foi sempre o meu lar. Agora não estás lá vou-te visitar e não pareces tu sombria e esquecida, dizes que não preciso de ir. Mas eu deito-me ao teu lado e tu dás-me a mão, és tu de novo atrás das rugas e eu sou de novo eu, a tua filha.