Desfazer das tralhas

Aqui há uns anos a Porteira viu as caixas de papelão com livros que eu tinha na arrecadação e disse porque é que eu não os deitava fora. Eu disse que ainda os voltava a ler. Para ela não faz sentido, não sabe ler. Aprendeu mas não se lembra, tem 82 anos.

Hoje no entanto, fui por gasolina, ao Lidl comprar refeições feitas e passei pela arrecadação à procura de livros para ler, e deparei com caixotes de livros de quando dei aulas e mesmo meus de quando fui aluna. E deu-me uma fúria que levei as caixas para o caixote de reciclagem de papel e despejei-os lá.

Depois repesquei " O coração das Trevas " de Joseph Conrad, " A República" de Platão, "As aventuras dos sr. Sapo " (The wind in the willows), o Blade Runner que na verdade era o conto do Joseph K. Dick. Mas despejei a coleção da Jackeline Susann, do Harold Robbins, inúmeros de ficção científica, até do Robert Heinlein (não gosto dele).

Depois uns livros de auto ajuda e de horóscopos, uma coleção de livros infantis em Inglês que incluia Black Beauty e outros encadernados, mas são livros que já li em português e não me vejo a reler. Os livros em paper back ficam com um ar velhissimos , passados 20 anos e devem estar cheios de pó.

Salvei também a" A Casa dividida" de Pearl Buck, tenho os anteriores aqui em cima ( Terra Bendita).

Para quê andar com o passado atrás, objetos, que nos fazem recordar coisas que desapareceram.

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