Intolerâncias politicamente incorretas

Hoje já não está nublado e está de novo sol e calor, mas vento. E eu sem poder conduzir.

Mas agora daqui a pouco vou com a gata à vet, ontem ligou-me a dizer que as análises vieram más, ela está com a ureia elevada e temos de dar soro mais vezes. Que bom, só consigo ir de carro, agora vou ter de transgredir todos os dias? Ela não parece pior, anda por aí, esconde-se de mim quando eu me aproximo, não quer ir ao vet. Espetar-lhe uma agulha para dar soro todos os dias, fora o remédio Pronefra que lhe enfio na boca, quase mais valia eutanasiá-la. Mas não, ela vai sofrer até ao fim.

Recebi a resposta do meu email a pedir a morada para me enviarem a carta com a convocação para entrevista. Que graça, não podiam ter escrito isso no email? ainda querem que seja por correio. O centro de emprego é muito antiquado. Agora devia ter um CV impresso para levar, o meu tinteiro está vazio, podia comprar outro, será que sei que tipo é, e se não serve. Posso imprimir na loja das fotos.

No outro dia perdi-me a caminho do centro e quando contei a uma prima disse que fora dar a um bairro de pretos. Já me lixei uma vez com esta, pois disse-o perto de uma colega angolana e ela olhou para mim de lado " é só um modo de dizer" disse eu. Mas é que é mesmo, é ali em Loures a Colina da Cidade ou coisa assim, e tem casas boas mas é um guetto. Eu acho. Não condordo com bairros só de uma etnia, mas calhou assim, digo eu. Ou as pessoas brancas sairam de lá, a minha irmã morou lá.
A minha prima disse-me que " os pretos não mordem, os gatos é que mordem" e eu disse que a minha gata era preta.

 Eu sei disso e não me considero racista, ao referir as pessoas pela cor da pele. OK, é um bocado. Lembro-me de o meu pai dizer que tinha lá dois rapazes pretos de Angola a trabalharem no laboratório, e eu ter dito, "não digas isso, diz que são dois rapazes angolanos" e ele riu-se com a minha ...não me lembro. Mas parece que não se pode dizer nada, a mania da tolerância torna as pessoas intolerantes.

Ontem vi a Passadeira Vermelha e estavam a falar do Carlos Costa, que é um rapaz que não sei o que faz, aparece nas revistas vestido de mulher, mas parece uma caricatura, é um bocado travesti. Diz que é um homem que gosta de se vestir de mulher, e depois numa entrevista disse que queria adotar uma criança e a Luísa Castelo Branco que é a mais conservadora, disse qualquer coisa sobre depois era pai ou mãe, enfim. Os outros cairam-lhe em cima e ela disse que havia cada vez menos tolerância com as pessoas que pensavam de outra forma. Também acho, e devia ser assim? Começam a falar de xenofobia e homofobia, uma pessoa tem de ficar calada ou referir os outros por pessoas ou pelo nome. Provavelmente fui contagiada pela geração anterior, que chamava as pessoas pelos grupos, um era brasileiro, outro era emigrante, outro era retornado. Deve ser chato ser incluído num grupo, se eu fosse para França era a portugaise, será que ía gostar? Vou tomar mais cuidado, mas achei piada ser criticada por uma prima que vive num guetto de pessoas brancas provincianas. No dia a dia não lida com pessoas de outras etnias, nem ciganos deve haver. Bem, ela gosta de ciganos. Eu nem sim, nem não, gosto de algumas pessoas de outras não. Os que moram aqui ao pé do Pingo Doce uns são simpáticos outros são um bocado chatos.

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