Última semana do ano

Esta última semana do ano  está um bocado Natalina. Ou seja, chuva e mau tempo e frio.

Estou farta de ver TV, os miúdos esta semana ficam com o pai. Por isso ontem fui às compras e no Lidl estava pouca gente. Devem ter muita comida em casa. Eu não, só compro 30 euros de coisas de cada vez. E só com os gatos...

Agora estão a telefonar para quem concorreu ao concurso de "Juntos à tarde". Eu liguei uma vez. São 17500 euros de prémio sem ter de adivinhar nada. OK, não fui eu, já está ao telefone uma senhora da Figueira da Foz. Ligou uma vez há 15 minutos, como eu. Claro  que eu nunca tenho sorte...

Hoje podia ter ido levantar os dois cheques livro da Bertrand que me deram no Natal. Mas, ah ah, acordei às duas da tarde porque ontem me pus a ler " Era uma vez um rapaz" do Nick Hornby e isto já depois de ter visto as " Mentes criminosas" na Sic. Logo adormeci tarde.

Tenho de tomar banho, com a excelente mousse da Rituals que me deram os filhotes ( e o cheque livro). Mas estou a fazer tempo, ainda há pouco comi. Comi um chá e torradas de pacote. Quanto menos como, menos me apetece, Qualquer dia morro, como o burro do cigano.

No outro dia, sábado, fui ter com a mãe ao Lar, pois tinha combinado com eles ela cortar o cabelo. Por sorte estacionei atrás e entrei pela cave, ela estava lá estacionada numa cadeira de rodas, com outra senhora, à porta de uma casa de banho onde estava a cabeleireira com a assistente.

Achei graça porque ela estava esperta, pegou-me nas mãos e disse que estavam frias. Depois foi a vez dela e borrifaram-lhe com água o cabelo e começaram a cortar, eu ia dando instruções. A cabeleireira perguntou se ela era nova, que nunca a tinha visto. E eu " está cá há 8 anos" e ela " Ah!". A minha irmã gosta de ser ela a cortar-lhe o cabelo. Por isso estava um bocado assimétrico. Mas elas cortaram bem. Depois levei-a ao presépio e uma familiar de outros tirou-nos uma foto.



 Eu continuo com o cabelo curto, está a levar o seu tempo a crescer. Agora quando o lavo e seco parece maior, mas depois durmo em cima dele e fica colado à cabeça, grande treta.

Depois ainda lá estive um bocado, ela até estava a falar, perguntou-me quem era aquele na TV, era o Malato, mas ela disse que não se lembrava dele e quem era a apresentadora e era uma qualquer, eu não sabia. Estava lá ao lado um casal, a senhora é nova ali e perguntei há quanto tempo estava no Lar, e ela " Lar? Não é uma casa de saúde? " e o marido todo aflito " sim, sim" e eu " È". Pois, chama-se casa de saúde e repouso, mas estão todos mais para o repouso. Ela está lá há 3 semanas e está faladora, aquilo depois passa-lhe. Daqui a pouco estará a olhar para a TV como os outros...

Ás vezes ainda penso em tirar a mãe dali e cuidar dela em casa. Mas uma das empregadas disse que a minha mãe tomava banho todos os dias " porque se mexia muito de noite e acordava suja". OK....
Fralda suja? Bem, se calhar precisa de cuidados especiais, eu mesmo com uma empregada havia de ter de ajudar, a dar banho e vestir e levar para a sala e fazer comida. Tenho um pedaço de Florence Nightingale em mim, mas havia de durar pouco tempo.

Depois nesse dia passei pela minha irmã a levar-lhe a prenda de Natal. Ela estava toda irritada comigo porque eu publicara no meu Face que a Concha nascera e parabéns aos pais. Que estava a receber telefonemas de pessoas da família a quem não participara e que felizmente tinha dito aos tios. Eu disse que só escrevera isso às 9h 30 da noite e ela nascera de manhã, pensei que ela já tinha dito a toda a gente, ou publicado no Face. Mas ela não usa muito isso. Para mim foi normal fazê-lo, recebo logo parabéns das minhas amigas e até dos tios para os pais dela. E falei com o meu sobrinho no chat e ele mandou-me uma foto dele com a filha, que eu tive o bom senso de não publicar.

Ignorei as palavras dela e comecei a falar só para o meu cunhado, a contar que a mãe cortara o cabelo e até falara , dissera que o secador a estava a queimar e depois que o cabelo ficara muito curto. Ele riu-se e achou que ela refilar era bom sinal. Aí a minha irmã pôs-se a dizer que ficara igual a quando ela lho cortava... Eu nem disse nada. Acho que ela leva tudo o  que eu faço como um atentado contra ela. Sempre cortou o cabelo à minha mãe logo eu pagar-lhe uma ida à cabeleireira é ofensa. Mas ela fica contente com estas coisas, está ali fechada sem distrações... Depois eu ter participado o nascimento da neta dela também foi meter a foice em ceara alheia, mas eu sou tia avó...

Enfim, coisas de irmã mais velha. Porque é que me havia de calhar uma ciumenta?




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