Ir a entrevista

E o meu CV levou-me a ser chamada a entrevista para empresa espanhola que contrata pessoas para “ Promoções e Vendas “. Andei a ver no Sapo emprego, muito bom.
Para ir a entrevista convêm preparar-se de véspera. Ir ao cabeleireiro, arranjar as unhas, ver onde é e como vai para lá, a roupa que vai levar. Pensavam que era o quê?
Depois no próprio dia acorda-se e só se tem uma hora para chegar lá, por isso vesti-me e meti as pinturas no saco (mala, carteira?). Estava um calor ameno  de 28º, deixei o carro ao sol e meti-me no metro, o cartão que comprei e carreguei lá parecia não funcionar, não abria a cancela. Fui à sra. e ela disse que a cancela abrira e eu não entrara, por isso agora não abria e abriu-me ela. Fixe. Cheguei lá muito bem, até nem me enganei a mudar para a linha azul em S. Sebastião e saí na Avenida, Rua das Pretas, sim a Av. da Liberdade.
Aquela calçada miserável devia ser toda arrancada e substituída por uns passeios decentes em cimento. Para além de nos tentar matar, por estar muito lisa e irregular, ainda tem uns buracos, temos de ir a olhar para os pés. Isto se não levarmos ténis.
 Cheguei bem ao edifício, subi com um CEO jeitoso e apresentei-me na receção , a tempo. Depois enfiei-me no WC a tentar pintar os olhos. Pus rimel num dos olhos, literalmente. Fiquei cega por momentos mas recuperei, e pus com mais calma nas outras pestanas.
Veio um rapaz para eu ir à entrevista e era com ele. Explicou-me que as empresas os procuravam para divulgação e vendas de produtos, durante um tempo, em stands e se eu estava interessada, eu, que sim e ele faz-me o truque da caneta. OK, disse-me “ Vou-lhe pedir que me venda esta caneta”. Deu-ma e eu fiquei a olhar para ela e ele “ Nunca fez isto em entrevistas ? “ e eu “ Não”. Mas recuperei e disse-lhe “ Preciso que me assine esse documento que tem aí “ e ele “ Mas eu não tenho caneta”, e eu “ acontece que tenho aqui uma caneta muito interessante, é verde, tem escrito Google (tinha! ) é um produto novo que estamos a promover ...” e ele “ está bem, eu compro”. Lá rabiscou qualquer coisa e depois disse-me que então eu ficava agendada e depois quando houvesse alguma coisa me contactavam.
Esta da caneta veio-me, devo ter ouvido ou lido em algum lado, acho que é “ criar uma necessidade” no público. Depois fui andando até ao metro e vi a Padaria Portuguesa e comi lá uma sandes de camarões e manga, com uma data de turistas encalorados, o ar condicionado estava desligado.
Qualquer dia estarei num hiper perto de si. É melhor que estar em casa.

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