Feriado da Independência

Sem nos termos libertado do jugo de Espanha em 1640, não seriamos o país único que somos.
E por falar nisso o meu filho foi para Badajoz com a escola dele, participar na " Rave dos robots " ou assim, uma demonstração das capacidades dos robots automóveis , construídos de Lego que eles planeiam e fazem. Muito divertido, só vem no domingo. Concentração de robots.

Fui levar a filha a casa do pai às 4 h, depois ao Lidl comprar os essenciais para sobreviver com os gatos dois ou três dias.
Depois fui direta à casa de saúde onde a minha mãe está, e ela ficou surpresa de me ver sem ser a um sábado. Já tinham lanchado e só estavam três na sala, a ver TV. Falei com as auxiliares que saiam às 5 h, uma mostrou-nos fotos da neta e filho de 37 anos. Ela tem a minha idade. Eu espero não ter netos tão cedo, se bem que desconfio que a filha namora ou queria , com um dos colegas. Ela faz sempre trabalhos de grupo com outros dois, no outro dia fui buscá-la a Arroios,onde mora o João. Muito fina aquela zona, mas já foi pior...  estavam uns homens a beber encostados à parede ao pé do meu carro, mas já lá estavam , eu é que estacionei ali. Ela entrou tão depressa no carro que se traumatizou no dedo. Ainda resmunguei que ela podia ter ido de metro, e eu ia buscá-la à Encarnação, mas realmente já era uma e meia. O metro fecha à 1 h. E o pai tinha-lhe dito para a mãe ir buscá-la.

Assim , hoje lá estava eu com as três senhoras e como sempre há uma passada dos carretos. A auxiliar que veio substituir as outras achou que como eu ali estava, me podia deixar a tomar conta. A senhora da cadeira de rodas começou a dizer que queria ir para o andar de baixo, que tinha ali as chaves e queria ir para casa. Se eu a levava, era só ir no elevador. Respondi-lhe que não trabalhava ali e que era preciso pedir a uma empregada. Ela disse que então ia sozinha e começou a arrastar a cadeira com os próprios pés, em vez de empurrar as rodas com as mãos. Foi direita à parede da frente. Entretanto, a minha mãe, vendo-se ignorada, começou a tossir e a puxar o vómito. Ignorei a da cadeira de rodas e tentei acudir a tosse da minha mãe. A senhora do lado achou que era boa altura para começar a cantar e bater palmas. A auxiliar decidiu aparecer e arrastou a cadeira de rodas para o lugar dela, e disse-lhe que tinha de ficar ali, que lá em baixa estava frio. À minha mãe disse-lhe para parar de tossir, e ela parou, mas começou a gemer e a abanar a cabeça. Não sei se aquilo começou por eu a ter ido visitar, quando cheguei estava bem. Parece ser uma reação à visita da família. Querem que a gente tenha pena deles. A senhora da cadeira de rodas voltou a pedir-me para a levar para baixo, queria ir para casa, tinha ali as chaves.

Vim-me embora. Já eram quase seis. Eu também tinha as chaves de casa.

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