Ando com os sonos trocados
Adormeço cerca da uma e acordo às 9 h. Quando acordo é de vez, pois os meus três tristes tigres passeiam-se sobre mim para lhes dar de comer. Querem água da torneira e comida de lata. a comida seca lá está, mas faz-lhes sede e não bebem da taça.
Depois tomo café e verifico que nem pão nem bolachas, tenho mesmo de ir à compras. Visto-me e vou ver a minha mãe. Decidi diversificar as horas de visita, a ver o que faz todo o dia.
Levei um vestido e umas sandálias que comprei para mim mesma e tinha pintado o cabelo em casa no dia anterior. Não, não pintei as paredes. Já não está tão loiro, que raios de ideia a minha de fazer madeixas, agora está castanho claro. Também escortanhei as pernas com a lâmina, em honra dos 30 graus.
Lá no Lar andavam nas limpezas. As senhoras estavam a ver a missa. Três estavam , as outras três estavam a dormir.
Sendo a minha mãe a do meio, mas a minha mãe nunca ligou a missas. Digo eu.
Lá estive eu a tentar despertá-la, e ela dizia, " senta-te ali ! " e eu sentei-me a jogar Candy Crush.
Posso afirmar- vos que passaram dez minutos até vir alguém ver delas. Vão dizer que me viram lá.
Não viram. Entrei e subi e sentei-me ali e podia ter morto todas e saído.
Cá para mim eles drogam-nas.
Saí de lá com o ar acabrunhado do costume e fui à bomba da Prio lá perto. Veio o simpático brasileiro ensinar-me a usar a bomba, que se pôe primeiro o cartão com o dinheiro e depois se põe a gasolina .
Com todas as explicações deixei-o fazer ele. Disse-me " volte sempre, mas traga seu sorriso fantástico ! "Eu ri-me e ele " Viu ! Esse mesmo ! ". Simpático. Se fosse um português havia de estar ali de trombas de estar a trabalhar ao domingo.
Dei por mim a caminho de Loures e consegui chegar ao Centro Comercial. Na entrada do hipermercado, estacionei e tentei decorar P6 (p de pila, eh eh, a minha mãe arranjava sempre mnemónicas). Agarrei logo um carrinho, era o Continente e estava vazio. Passeei-me no Bazarão, mas era só tralha. Dirigi-me resolutamente ao Talho, onde estavam a atender um senhor Goês. Ele estava a comprar um pernil de qualquer coisa e o homem do talho , dizia que tinha " descendência " da Índia e como ele ia fazer e o o homem " é pernil Quirilá " ou coisa parecida , e o talhante, isso leva cominhos?, e ele cheio de paciência, começou a enumerar as especiarias que levava, esqueci-me.
Eu disse à outra que queria carne para picar, e ela " para quê ? " e eu " bem, fazer aqueles pratos com massa e carne, ou assim ", Acho que querem saber para verem o tipo de carne e se devem picar duas vezes. Depois pedi a entremeada em promoção e voltou a meter-se na minha vida. Eu disse que era para grelhar. Ou fazer no forno. Perante a minha indecisão, deu-me quatro bocados, com uns cortes para poder separar os ossos. A seguir pedi três bifes e apontei, sei lá, pareciam bons. Estava preocupada em não atingir os 20 euros, pois davam 5 euros em cartão de desconto, mas ao ver o preço daquilo, vi que não precisava de me preocupar.
Ainda comprei comida para os gatos e um comedouro novo, dos de duas taças, e na Pantene, dois produtos pelo preço de um, ela aconselhou-me o shampoo de cabelos secos e pintados e a "máscara " como ela chamava ao condicionador (creme).
Por essa altura eu estava prestes a desfalecer de fome, e fui pagar. A senhora da caixa embicou com uma carne de perú do rapaz à minha frente, embalada, e mostrou-ma se eu não achava se tinha mau aspecto. E eu, " pois, realmente ...", mostrou à da caixa do lado e ela disse que era da luz. Mas a conscienciosa caixeira telefonou a pedir outra, e eu a morrer. Chegou a outra e ela mostrou-ma, " vê, que esta tem outro ar ? " e eu " pois é ". O rapaz não dizia nada, merecia era comer a carne podre que escolhera.
A seguir sou eu, e ela diz " é por isso que só compro no talho " e eu virtuosamente " eu também ! ".
E tinha 20 euros em cartão ! Se eu queria descontar, pois claro, eu sei lá se amanhã estou viva...
Parece que é da gasolina, na Galp desconta no cartão do continente.
Consegui encontrar o carro e até estava agoniada, aquela sensação que tenho antes de desmaiar, por isso segui as setas para o Ikea e fui lá comer arroz de pato e tarte de mirtilos e água e cafá por sete euros. Nem sei como engoli aquele prato cheio, nem sei se estava bom, não me deram nenhuma chouriça....Mas tarte era boa.
Eram três horas e tinha pensado ir ver umas cadeiras novas para a cozinha, de preferência de metal para os gatos não as destruirem. Mas depois de comer,não me apeteceu e ainda bem , estava a chegar imensa gente.
Em casa deitei-me na cama a ler (depois de ter mudado para outra roupa mais confortável, calções e t-shirt), com os meus gatos ao lado e adormeci, até às sete.
Fui ao Facebook, já no portátil arranjado que fui buscar sexta, meti lá a foto da minha mãe, para chatear, mas já puseram uns Like. a legenda era " A verem a missa, no Lar ".
Tem alguma piada. O que não tem piada, é que em 2007, quando eu vivi com ela, depois do divórcio era assim:
Decididamente, eles dão cabo das pessoas nos lares.
Mas eu também era assim:
Deve ser a vida aqui no lar....
Depois tomo café e verifico que nem pão nem bolachas, tenho mesmo de ir à compras. Visto-me e vou ver a minha mãe. Decidi diversificar as horas de visita, a ver o que faz todo o dia.
Levei um vestido e umas sandálias que comprei para mim mesma e tinha pintado o cabelo em casa no dia anterior. Não, não pintei as paredes. Já não está tão loiro, que raios de ideia a minha de fazer madeixas, agora está castanho claro. Também escortanhei as pernas com a lâmina, em honra dos 30 graus.
Lá no Lar andavam nas limpezas. As senhoras estavam a ver a missa. Três estavam , as outras três estavam a dormir.
Sendo a minha mãe a do meio, mas a minha mãe nunca ligou a missas. Digo eu.
Lá estive eu a tentar despertá-la, e ela dizia, " senta-te ali ! " e eu sentei-me a jogar Candy Crush.
Posso afirmar- vos que passaram dez minutos até vir alguém ver delas. Vão dizer que me viram lá.
Não viram. Entrei e subi e sentei-me ali e podia ter morto todas e saído.
Cá para mim eles drogam-nas.
Saí de lá com o ar acabrunhado do costume e fui à bomba da Prio lá perto. Veio o simpático brasileiro ensinar-me a usar a bomba, que se pôe primeiro o cartão com o dinheiro e depois se põe a gasolina .
Com todas as explicações deixei-o fazer ele. Disse-me " volte sempre, mas traga seu sorriso fantástico ! "Eu ri-me e ele " Viu ! Esse mesmo ! ". Simpático. Se fosse um português havia de estar ali de trombas de estar a trabalhar ao domingo.
Dei por mim a caminho de Loures e consegui chegar ao Centro Comercial. Na entrada do hipermercado, estacionei e tentei decorar P6 (p de pila, eh eh, a minha mãe arranjava sempre mnemónicas). Agarrei logo um carrinho, era o Continente e estava vazio. Passeei-me no Bazarão, mas era só tralha. Dirigi-me resolutamente ao Talho, onde estavam a atender um senhor Goês. Ele estava a comprar um pernil de qualquer coisa e o homem do talho , dizia que tinha " descendência " da Índia e como ele ia fazer e o o homem " é pernil Quirilá " ou coisa parecida , e o talhante, isso leva cominhos?, e ele cheio de paciência, começou a enumerar as especiarias que levava, esqueci-me.
Eu disse à outra que queria carne para picar, e ela " para quê ? " e eu " bem, fazer aqueles pratos com massa e carne, ou assim ", Acho que querem saber para verem o tipo de carne e se devem picar duas vezes. Depois pedi a entremeada em promoção e voltou a meter-se na minha vida. Eu disse que era para grelhar. Ou fazer no forno. Perante a minha indecisão, deu-me quatro bocados, com uns cortes para poder separar os ossos. A seguir pedi três bifes e apontei, sei lá, pareciam bons. Estava preocupada em não atingir os 20 euros, pois davam 5 euros em cartão de desconto, mas ao ver o preço daquilo, vi que não precisava de me preocupar.
Ainda comprei comida para os gatos e um comedouro novo, dos de duas taças, e na Pantene, dois produtos pelo preço de um, ela aconselhou-me o shampoo de cabelos secos e pintados e a "máscara " como ela chamava ao condicionador (creme).
Por essa altura eu estava prestes a desfalecer de fome, e fui pagar. A senhora da caixa embicou com uma carne de perú do rapaz à minha frente, embalada, e mostrou-ma se eu não achava se tinha mau aspecto. E eu, " pois, realmente ...", mostrou à da caixa do lado e ela disse que era da luz. Mas a conscienciosa caixeira telefonou a pedir outra, e eu a morrer. Chegou a outra e ela mostrou-ma, " vê, que esta tem outro ar ? " e eu " pois é ". O rapaz não dizia nada, merecia era comer a carne podre que escolhera.
A seguir sou eu, e ela diz " é por isso que só compro no talho " e eu virtuosamente " eu também ! ".
E tinha 20 euros em cartão ! Se eu queria descontar, pois claro, eu sei lá se amanhã estou viva...
Parece que é da gasolina, na Galp desconta no cartão do continente.
Consegui encontrar o carro e até estava agoniada, aquela sensação que tenho antes de desmaiar, por isso segui as setas para o Ikea e fui lá comer arroz de pato e tarte de mirtilos e água e cafá por sete euros. Nem sei como engoli aquele prato cheio, nem sei se estava bom, não me deram nenhuma chouriça....Mas tarte era boa.
Eram três horas e tinha pensado ir ver umas cadeiras novas para a cozinha, de preferência de metal para os gatos não as destruirem. Mas depois de comer,não me apeteceu e ainda bem , estava a chegar imensa gente.
Em casa deitei-me na cama a ler (depois de ter mudado para outra roupa mais confortável, calções e t-shirt), com os meus gatos ao lado e adormeci, até às sete.
Fui ao Facebook, já no portátil arranjado que fui buscar sexta, meti lá a foto da minha mãe, para chatear, mas já puseram uns Like. a legenda era " A verem a missa, no Lar ".
Tem alguma piada. O que não tem piada, é que em 2007, quando eu vivi com ela, depois do divórcio era assim:
Decididamente, eles dão cabo das pessoas nos lares.
Mas eu também era assim:
Deve ser a vida aqui no lar....
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