Comentário Mil
Com este são mil textos que escrevo desde 2007.Comecei com 45 anos, quando me mudei sozinha para esta casa e este bairro. que sempre conhecera, mas de visita.
Ir viver sozinha depois de um divórcio, desempregada e com dois filhos menores, de 8 e dez anos, causa algum receio. E como quem tem medo, compra um cão, aceitei a oferta da cadelinha preta , arraçada de Cão de água português, de uma vizinha de prédio que nme viu na rua com os dois filhos e nos fisgou para ver a ninhada. A mãe era amarela e rafeira, ela resgatara-a da rua, e engravidara do cão do namorado, o tal preto de raça pura....os cachorrinhoss eram todos pretos menos um , amarelo, igual á mãe, mas esse já estava prometido. A Cookie foi a mais peluda e que veio ter cononosco, por isso aceitei ficar com ela. Mas era tão pequena que só a trouxe no Natal. ainda estava na casa da mãe.
O meu medo de viver sozinha vinha sobretudo das noites na casa da minha mãe, um apartamento de 250 m com um longo corredor. Em pequena, para ir à casa de banho, dava uma corrida até ao interruptor de luz. Porque achava que havia um monstro qualquer ao fundo do corredor, que me atacaria de luz fechada, e vinha a correr mal eu saisse do quarto.Isto pequena , é relativo, foi até aos doze anos....
Mais tarde, já tinha o gato, o Tintin, e estava sozinha, mas ouvia o puxador da porta mexer e ficava de cabelos em pé. Depois ouvia miar e deixava entrar o gato. Uma vez fui ter com os meus pais ao Vale, e estando lá, acordei a meio da noite ouvindo a porta abrir devagar. Na meia luz vi uma pessoa de cabelo desgrenhado e gritei a plenos pulmões ! Era a minha mãe. Só que eu pensava estar ainda em Lisboa, e vi aquilo....acordei toda a casa. Até o meu pai, que ressonava alto e fizera a minha mãe ir para o meu quarto....OK, isto foi antes, só tive o gato depois do meu pai morrer.
Pois, eu tinha medo de ficar sozinha aqui, mas nunca corri esse perigo. Tinha a gata, a cadela, depois mais um gato, depois um rato, depois outro gato....Os animais são uma grande companhia.
A cadela fez o seu papel ao tentar afastar carteiros, homens de piza e porteira com o seu ladrar, mas graças a ela expus-me mais ao perigo do que sem ela. Só por ter de a passear de noite, fui abordada por uns sujeitos num carro, com mau aspecto, na altura ainda existia o bairro de lata e os pittbulls aqui a norte, ao pé do Rallis. E conheci donos de outros cães, homens muito perigosos também, por serem casados...Mas não lhes dei trela, gostava de um mais novo, mas esse atrelou-se a outra solteira...
Contei essas coisas nos meus meus primeiros posts. Não sei bem como , ao princípio atingi muitos leitores e seguidores, mas ultimamente , fugiram. Ou eu comecei a escrever menos.
Eu escrevo porque gosto, desde os sete anos que a mãe me deu um diário com chave, que comecei a escrever. O que fazia , o que pensava. Tenho uns sete diários fechados à chave, não sei das chaves, mas vão até aos treze anos. depois comecei e escrever em folhas soltas A4, e escondia-as dentro da gaveta , debaixo das roupas. Era um bocado explícita, mas também muito inocente e de resto, não acontecia nada realmente sexual. Mas quando engravidei, rasguei tudo, metodicamente em tiras. Não queria ser lida pela filha.
E este é um problema dos blogues, a auto censura. Gostamos de falar sobre o que nos rodeia e afeta, e são a família, os amigos, os vizinhos. Mas não queremos que eles nos leiam e se sintam retratados e caluniados e o blogue acaba por perder o seu lado incognito, se alguém o descobre.
Mas vou continuar a escrever. Acalma-me.
Ir viver sozinha depois de um divórcio, desempregada e com dois filhos menores, de 8 e dez anos, causa algum receio. E como quem tem medo, compra um cão, aceitei a oferta da cadelinha preta , arraçada de Cão de água português, de uma vizinha de prédio que nme viu na rua com os dois filhos e nos fisgou para ver a ninhada. A mãe era amarela e rafeira, ela resgatara-a da rua, e engravidara do cão do namorado, o tal preto de raça pura....os cachorrinhoss eram todos pretos menos um , amarelo, igual á mãe, mas esse já estava prometido. A Cookie foi a mais peluda e que veio ter cononosco, por isso aceitei ficar com ela. Mas era tão pequena que só a trouxe no Natal. ainda estava na casa da mãe.
O meu medo de viver sozinha vinha sobretudo das noites na casa da minha mãe, um apartamento de 250 m com um longo corredor. Em pequena, para ir à casa de banho, dava uma corrida até ao interruptor de luz. Porque achava que havia um monstro qualquer ao fundo do corredor, que me atacaria de luz fechada, e vinha a correr mal eu saisse do quarto.Isto pequena , é relativo, foi até aos doze anos....
Mais tarde, já tinha o gato, o Tintin, e estava sozinha, mas ouvia o puxador da porta mexer e ficava de cabelos em pé. Depois ouvia miar e deixava entrar o gato. Uma vez fui ter com os meus pais ao Vale, e estando lá, acordei a meio da noite ouvindo a porta abrir devagar. Na meia luz vi uma pessoa de cabelo desgrenhado e gritei a plenos pulmões ! Era a minha mãe. Só que eu pensava estar ainda em Lisboa, e vi aquilo....acordei toda a casa. Até o meu pai, que ressonava alto e fizera a minha mãe ir para o meu quarto....OK, isto foi antes, só tive o gato depois do meu pai morrer.
Pois, eu tinha medo de ficar sozinha aqui, mas nunca corri esse perigo. Tinha a gata, a cadela, depois mais um gato, depois um rato, depois outro gato....Os animais são uma grande companhia.
A cadela fez o seu papel ao tentar afastar carteiros, homens de piza e porteira com o seu ladrar, mas graças a ela expus-me mais ao perigo do que sem ela. Só por ter de a passear de noite, fui abordada por uns sujeitos num carro, com mau aspecto, na altura ainda existia o bairro de lata e os pittbulls aqui a norte, ao pé do Rallis. E conheci donos de outros cães, homens muito perigosos também, por serem casados...Mas não lhes dei trela, gostava de um mais novo, mas esse atrelou-se a outra solteira...
Contei essas coisas nos meus meus primeiros posts. Não sei bem como , ao princípio atingi muitos leitores e seguidores, mas ultimamente , fugiram. Ou eu comecei a escrever menos.
Eu escrevo porque gosto, desde os sete anos que a mãe me deu um diário com chave, que comecei a escrever. O que fazia , o que pensava. Tenho uns sete diários fechados à chave, não sei das chaves, mas vão até aos treze anos. depois comecei e escrever em folhas soltas A4, e escondia-as dentro da gaveta , debaixo das roupas. Era um bocado explícita, mas também muito inocente e de resto, não acontecia nada realmente sexual. Mas quando engravidei, rasguei tudo, metodicamente em tiras. Não queria ser lida pela filha.
E este é um problema dos blogues, a auto censura. Gostamos de falar sobre o que nos rodeia e afeta, e são a família, os amigos, os vizinhos. Mas não queremos que eles nos leiam e se sintam retratados e caluniados e o blogue acaba por perder o seu lado incognito, se alguém o descobre.
Mas vou continuar a escrever. Acalma-me.
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