Pontos de vista


Hoje fui de manhã ao café, depois de levar o rapaz à escola. Lá estava o grupo das casadas, a relatar o fim de semana. A que desistiu de dar aulas e se dedica à família diz que foi um fim de semana todo a trabalhar. " Andaste a limpar a casa ? " perguntei eu. E ela " Não, de volta da cozinha, sempre a cozinhar. ". Acho-lhe graça, ela é que os habituou assim, ao peixe escolhido na praça, às sopas de legumes diferentes todos os dias, aos doces, e depois fica admirada de não quererem comer fora, e deixarem-na a arrumar a loiça enquanto vão andar de bicicleta....
Outra dizia que o filho tinha uma namorada que não lhe ligava nenhuma, se ele não podia ou não queria ir a algum sitio, ela ia na mesma, com as amigas e amigos. E ele não se importava. Que estranho. Eu tentei intervir, que tinha visto no outro dia num debate sobre as mulheres na TV, que nunca se deve perder a identidade e o segredo é estarem juntos, mas continuarem a fazer o que gostam e se o companheiro não gosta, fazerem com amigos. A mim parece-me óbvio, ninguém me arrasta para um jogo de futebol, por mim pode ir à vontade. E se quero sair com amigos do tempo da faculdade, não sei porque ele há-de ir se não lhe apetece. Elas não me pareceram concordar, é um casal tem de andar junto para todo o lado, quer queira quer não. Mas então temos de arranjar alguém igual a nós, ou transformarmo-nos igual a ele ?
Decididamente, não é provável que volte a casar. a não ser que seja com um tipo mais novo, com uma cabeça mais  aberta.

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