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A mostrar mensagens de fevereiro, 2014

Steve McQueen e Papillon - O desejo de fugir

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Estive  a reler o livro " Papillon " de Henri Charrière. É escrito na primeira pessoa, é um malandro de Paris, um anti-herói, que é preso nos anos trinta por ter morto um " chulo " e mandado para o degredo, na Guiana Francesa. Naquele tempo mandavam os presos para as colónias, e não era preciso muito, bastava ser um pequeno ladrão reincidente. Mandavam rapazes de vinte anos que ficavam lá dez , quinze anos. Muitos para servirem de " mulheres " dos perigosos do " millieu " . Claro que ao nosso herói Papillon (por ter muitas tatuagens, uma de uma borboleta) não acontece nada disso, ele tem vinte e cinco anos mas uma reputação estabelecida, anda nas ruas há anos e conhece metade dos condenados. O Papillon é condenado por ter morto um " chulo " crime do qual sempre se declara inocente, culpa um " bufo " de o ter acusado em troca de redução de pena. Jura vingar-se da testemunha, do promotor, do juíz , dos jurados, matá-los um ...

farmville e crochet

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As pessoas que passam tempo em casa, sem virem de empregos, têm de arranjar hobbies. Os desempregados, as donas de casa, os reformados, os doentes.... As donas de casa de antigamente, faziam mil coisas artesanais. Compotas, marmelada, biscoitos, bolos, comida para a semana inteira. Roupas para os filhos, camisolas de tricot, mantas de retalhos para as camas e inúmeros panos de crochet. Todas as casas tinham paninhos de crochet a protegerem os braços do sofá, a zona da cabeça. Toda a mesa estava protegida por uma camilha (espécie de saia comprida ) e um pano redondo. De crochet. As camas tinham uma pesada colcha de crochet, uns quadrados que se coziam uns aos outros. De linha branca. Ou para as mais modernas, de lã, às cores. Eu também fiz crochet, e tricot, mas no tricot enganava-me mais e era preciso contar malhas para fazer as mangas, os decotes. O crochet dá-nos aquele vazio cerebral que resulta de uma tarefa mecânica e que nos conduz os pensamentos ao céu e ao inferno.  Pr...