Dido - White Flag

Estou numa de Dido....mas olha quem ele é? Nunca tinha visto este vídeo! IIIIIIIIHHHHHHHH!!!!!!! Ok, acalmei. O Booth, o vampiro, ai, ai. Este rapaz está sempre na mesma. Eu gosto de loiros , em teoria. Brad Pitt, Mel Gibson. Os loiros decididamente gostam de mim. Se há um loiro no grupo, pimba, vítima. Uma vez, tinha eu uns 16, fui com uma amiga loira de autocarro para a Feira Popular. Era fim de ano escolar e era costume. No Relógio mudámos de autocarro e ele entrou. Loiro, mais alto que nós , olhos verdes, cabelo pro comprido, achei-o logo parecido com o Mel Gibson. Eu na altura gostava da Arma Mortífera e coisas dessas, já referi que gostava do Mel Gibson também? Eu ía com umas calças de ganga horríveis, jardineiras, daquelas de suspensórios, a minha amiga de calças pelo tornozelo, muito jeitosas. As duas com uns grandes cabelos cheios de permanente. Lá fomos a rir, como era costume e ele a fazer-se desentendido. Depois chegamos à Feira, noite, claro, e nós tínhamos o nosso grupo de meninas à espera. E ele um grupo só de rapazes. Beeeem, foi só comprar os bilhetes e lá nos misturámos todos, na montanha russa e nos carrosseis, nos carrinhos de choque. E para minha surpresa o loiro, dois anos mais velho que eu, um bocado tímido não me largou mais. Era tão divertida, a Feira Popular, tinha casas assombradas e pavilhões de cervejarias e churros, e a malta toda das escolas ía para lá. Fechava cedo, e nós tínhamos de apanhar o autocarro. Ele morava perto de nós e levou-nos a casa, à porta. Fiquei com o telefone. Saí com ele. Jogava andebol e fui a uns jogos e almoços, eu ficava na bancada junto com as outras namoradas. E no autocarro era só beijoquice. Uma vez levei-a a casa de tarde e estávamos na beijoquice (era só o que fazíamos), entram os meus pais que tinham ido sair. Felizmente estavamos na sala, compostinhos, eu na maior ele um pimentão, e o meu pai todo contente, a oferecer-lhe um copo e tal. A minha mãe é que me deu um raspanete do "parece mal, trazer o rapaz e não estar ninguém, etc". E depois passados uns tempos ele troca-me pela minha amiga, a loira. Mas pronto, as amigas é para isso que servem... Depois arranjei um parecido com este Borenaz, já andava na faculdade. Era todo engatatão e quis ir a uma aula . Um auditório com umas sessenta mulheres ( e dois ou três gays ou intelectuais). Escuso de dizer a popularidade que adquiri, de repente todas eram minhas amigas.... Esperto. E eu com um grande chupão no pescoço, mal encoberto com um lenço, a provar que era meu. Bons tempos. Mas os rapazes giros é uma chatice, na rua chamam muito a atenção. Para maridos então, devem dar connosco em doidas. E eu até nem sou ciumenta (pois....). Mas os anos de faculdade foram engraçados. Ía com uma amiga para a praia (aí já tinha carro) e vínhamos para a aula das seis da tarde, era Literatura Brasileira, e o rapaz (prof.) engasgava-se todo, com os calções e as minisaias, e o sal na cara, e nós muito brasileiras e sorridentes. Essa também era gira, mas morena de caracois. E a mãe dela sempre a telefonar ao meu pai "mas elas onde andam, nem telefonam, estou à espera para jantar" e o meu pai na maior, a dar-lhe conversa, e claro, não havia telemóveis e nós nem nos passava avisar que estavamos a comer tostas mistas no Apolo 70. Sozinhas, na risota. Passavamos o tempo a rir. Eu, passava o tempo a dizer piadas. É bom rir. Parece que me esqueci como se faz.

Comentários

kuka disse…
Agora fizeste-me reviver memórias passadas. A feira popular e a Apolo70. As omeletas de queijo do restaurante na cave da Apolo. Os divertimentos na feira. As férias grandes que invariavelmente começavam a 12 de junho com as marchas populares.
Tive de me deslocar há pouco tempo a Lx, ao Campo Grande e espreitei o interior do recinto da feira. Parece-me muito mais pequeno. Mas ainda consegui reconhecer os locais onde estavam implantados os diversos pavilhões. O comboio fantasma, o poço da morte, os restaurantes. Fui também à Apolo, pensei que já não existia,Apagada pelos grandes centros comerciais desta era, mas está lá, quase na mesma, já sem as omeletas de queijo nem o bowling, mas ainda assim, mantem algumas lojas, como a dos animais, onde espreitava sempre que lá ía. Que nostalgia senti nesse dia.
Marias disse…
Olá! Não sabia que eras de Lisboa, e da mesma geração que eu, pelos vistos. O Apolo 70 era o centro comercial. Só mais tarde vieram as Amoreiras. E os gelados lá? Era na cave , pois era o restaurante, era para onde íamos. A Feira Popular ér uma pena, r está tudo ali há anos, não constroem lá nada....

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