Não se faz nada

Estou num estado de ansiedade,,,nem consigo compreender, onde é que eu quero ir, o que eu quero fazer....(António Variações?).
Aqueles miúdos não acordam e eu quero ir levar o pc a arranjar. Já me pagaram, os tipos do ministério. Depois tenho de escrever o CV académico e profissional para entregar lá na Fac. para as inscrições extras no curso, há uma ou duas vagas...para quem já tem curso. Mas preciso do francês para fazer o mestrado em Educação. Bolas. Tenho ali CV, mas neste tenho de caprichar. Têm de perceber que preciso de fazer aquilo para ser prof a sério, e que tenho capacidade de o fazer. Devo escrever que fiz o curso pós-graduação em Bibliotecas? Depois acham que devo ir mas é trabalhar nisso. Mas não sei porquê, nunca passei uma entrevista, devo ser demasiado bonita...eh eh.
Lembro-me de ter escrito o CV à máquina de escrever de uma amiga, que ainda não tinha acabado o curso e queria entrar para uma empresa que se estava a formar e a receber candidaturas. Ela simplesmente mandou-me escrever as cadeiras e notas do curso que fizera, e as que ainda não tinha feito, escreveu "nota ainda por lançar". Claro, ainda estava a frequentar... Mas chamaram-na para a entrevista e ela entrou, e os colegas que não tinham concorrido, ou que puseram que ainda não tinham acabado, entraram no ano seguinte. A entrevista conta bastante.
Fui a uma em que devo ter dado com o psicólogo em doido (eu tinha uns 20 anos) "Tem capacidade para gerir uma secção e vários funcionários?" e eu "Acho que sim". Bem às tantas ele diz-me "Acha ou tem a certeza?". Eh eh. Não fiquei , é claro. Noutros, bastava entrar para perceber que já estava no papo. Pena que fossem empregos no turismo (assistente de terra, recepcionista da Hertz) em que ganhava mal e andava todo o dia em pé. Porque é que os que trabalham sentados ganham mais do que os que trabalham em pé?
É certo que como prof, não consigo sentar-me . Só para escrever o sumário e o nº do aluno que pus na rua. Ai, ai. Para o ano vou ser melhor. A tal técnica do não mostrar os dentes, estar atenta e não deixar passar uma malcriação sem chamar a atenção. O meu filho disse-me que nunca devo fingir que não vi. Que eles depois começam a abusar. E o miúdo é delegado de turma desde o primeiro ano que entrou para a escola. Vou mas é acordá-los.

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