De manhã
Chove , mas está calor. Daqui a nada tenho a consulta no centro de saúde, às dez mas deve ser lá para as dez e meia. O tempo suficiente para me encher de nervos e dar tensão alta.
Tenho de pôr o portátil a arranjar, mas para isso preciso de encontrar a garantia. O Magalhães "o teu primeiro computador", é demasiado sofisticado para mim, com aquele teclado minúsculo e estranho. Este tinha um post it "saio às 4 h"... Boa, só porque no outro dia cheguei tarde, pensei que ía ter trabalho de grupo, não percebi que era na aula de E.A. (estudo acompanhado...) ou A.P (área de projecto). No meu tempo não havia nada disto. O que me leva a pensar, "mas eu estou a par, eles contam-me". No outro dia a ouvir a outra que dá aulas dei-me conta de que se aquela toina dá aulas, até eu dou. Disse que uma aluna se levantou e que dizia que não se podia sentar porque o colega se tinha "peidado". Eu pensei " a mim nunca me disseram essas coisas"... Eu nem sei se os miúdos são diferentes ou são alguns professores que os deixam ser. Acho que sempre fomos assim, lembro-me de no 8º ano sairem pela janela e voltarem a entrar enquanto o prof. de geografia dava aula de costas no quadro. Mas à de matemática ninguém fazia nada, apesar dela ter metro e meio e vinte anos, morriamos de medo dela. Bastava a ameaça de irmos ao quadro.
Resta saber se eu aguento trinta a darem-me respostas uma manhã inteira. Lembro-me de ficar sem voz. Mas eu antes ficava muito enervada, apesar de não se notar. Quer dizer, uma vez comecei a escrever a data no quadro e pus um ano errado... O que interessa é a saída airosa com que se emenda o erro. O sentido de humor ajuda.
Tenho de pôr o portátil a arranjar, mas para isso preciso de encontrar a garantia. O Magalhães "o teu primeiro computador", é demasiado sofisticado para mim, com aquele teclado minúsculo e estranho. Este tinha um post it "saio às 4 h"... Boa, só porque no outro dia cheguei tarde, pensei que ía ter trabalho de grupo, não percebi que era na aula de E.A. (estudo acompanhado...) ou A.P (área de projecto). No meu tempo não havia nada disto. O que me leva a pensar, "mas eu estou a par, eles contam-me". No outro dia a ouvir a outra que dá aulas dei-me conta de que se aquela toina dá aulas, até eu dou. Disse que uma aluna se levantou e que dizia que não se podia sentar porque o colega se tinha "peidado". Eu pensei " a mim nunca me disseram essas coisas"... Eu nem sei se os miúdos são diferentes ou são alguns professores que os deixam ser. Acho que sempre fomos assim, lembro-me de no 8º ano sairem pela janela e voltarem a entrar enquanto o prof. de geografia dava aula de costas no quadro. Mas à de matemática ninguém fazia nada, apesar dela ter metro e meio e vinte anos, morriamos de medo dela. Bastava a ameaça de irmos ao quadro.
Resta saber se eu aguento trinta a darem-me respostas uma manhã inteira. Lembro-me de ficar sem voz. Mas eu antes ficava muito enervada, apesar de não se notar. Quer dizer, uma vez comecei a escrever a data no quadro e pus um ano errado... O que interessa é a saída airosa com que se emenda o erro. O sentido de humor ajuda.
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