O irmão de Joana


É um livro que faz parte das leituras recomendadas do oitavo ano. Dei-lhe uma vista de olhos e é bastante interessante, de uma escritora portuguesa. Sobre a discriminação racial. Pelo que percebi é um médico português que vai trabalhar para Angola e quando volta traz um orfão para casa, um rapaz negro, que adoptam. A irmã é loira, são classe média alta, e a criança é discriminada no colégio. Onde (aqui), quase não há outras raças que a branca. Uma cena da história passa-se num centro comercial. A mãe (adoptiva) pede-lhe que lhe segure na carteira enquanto vai buscar qq coisa. Ele é interpelado pelo segurança. Roubou a carteira! Claro que se fosse branco, nunca reparariam nele. A mãe volta e fica furiosa. etc. Mais cenas e o miúdo acaba por se meter em sarilhos.
O pior que se pode fazer a uma mãe é tratar mal um filho.
Nós que somos "normais" iguais à maioria, nem notamos a discriminação. Às vezes ficamos muito chateados porque não nos deixam entrar numa discoteca. Estão cheios, há uma festa particular. Sentimos uma grande injustiça. Mas estar sempre do lado "errado" é uma coisa que nos escapa. Excepto, quando, de repente, nos vêmos desse lado. No outro dia comentámos coisas que nos aconteceram, mínimas, que nos fizeram rir. Uma amiga minha estava a discutir com o "arrumador", que apesar de haver parquímetros , queria "a moeda". Depois vira costas e uma senhora que passa diz-lhe a ela "eu agora não tenho, depois dou-lhe!". Ah, ah! Pensou que era discussão entre arrumadores! Outra foi uma que ficou com o cartão preso no multibanco. Entrou no banco a pedi-lo e tratam-na mal. Não ía muito bem vestida... Depois vem a confirmação do banco dela, tiram o cartão e diz lá " Dra.". Pronto, é só desculpas e "stora" praqui....(foleirada, pôr dr, no cartão....).
Outra é estar incapacitado. Partir um pé ou uma perna é bom, passamos a ser a "coxa", com licença, quero passar...
Os filhos é outra. Ter uma criança deficiente, num grupo de crianças, na praia, por exemplo, garante-nos os olhares de toda a redondeza. "Olhe, o menino foi para o mar", "já sei, ele sabe nadar. E sim, é mongoloide, ou melhor, tem trissomia 21, sindrome de Down". Não percebem que se pode ser normal, sendo diferente.

Comentários

Paulinha disse…
Vou ver se o compro...

Dei com este blog através dos alertas google, predefinido "síndrome de down / trissomia 21".

Sou mãe... passa no meu blog...

Abraços!
Marias disse…
ah, não sabia...Eu tenho um primo de treze anos, a mãe já se habituou, mas eu reparo que não tiram os olhos de nós. E o miúdo é para nós tão normal como os outros.

Vou passar. Eu quando escrevo nem penso que tenho leitores! Depois vou ver ao sitemeter e tenho0 pessoas nos EUA e no Haiti que passaram por aqui...eheh , espero que não seja a CIA....Bjos

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