Anos do meu filho
Ena, e já vão 11 ! Quando ele nasceu, três semanas antes do previsto, estava um temporal... Foi de cesariana, pois ele estava sentado... Por isso só o vi no dia seguinte, já alimentado por biberon e entregue por uma enfermeira renitente, género "veja lá se consegue que ele mame!". Fiquei a olhar para aquele pigmeu vermelhusco, comparado com a irmã de 23 meses...
Com ela tinha sido tão diferente! Parto natural, com epidural que não sou doida, e em duas horas estava cá fora. Nasceu à 1 h da manhã e puseram-ma na cama, e claro, fiquei toda a noite acordada, a olhar para aquela coisa enorme, até me custava pegar nela, devia estar mesmo fraca.
Mas de manhã levantei-me e fui tomar duche... A enfermeira ia-se passando, que eu não podia andar , e tomar banho...isto na Alfredo da Costa, que tem 9 mulheres por quarto e no meu havia gémeos. Pois, dez bebés aos berros. E também gostei quando veio a médica, sentou-se no centro do quarto, à mesa, e começou a preencher um inquérito, em que perguntava a cada uma "foi um
bebé planeado?", "já têve algum aborto antes? Natural ou provocado?"e coisas assim... Claro que quando chegou a minha vez menti com quantos dentes tinha na boca. Comigo não se safam. Até disse que era solteira (mentira) pois tinha no BI ainda solteira, não o mudara porque queria ter a morada de Lisboa e ficar no hospital onde o meu médico trabalhava.
Bem mas senti-me tão culpada de estar ali no hospital, desta vez numa ala renovada, com cortinas entre as camas e tudo, e a minha filha em casa dos avós. Ainda por cima o pai contou-me que quando a ía buscar, ela percorria toda a casa a chamar a "mamã". Deve ter pensado que eu desapareci. Uma semana. E eu na maternidade, ouvia chorar e não me levantava, tinham de me dizer "é o seu!". Ah, não era nada o choro que eu conhecia...
Depois ela foi ver-nos, e eu desatei num pranto.... Estava no quinto dia de nascimento, acho que as hormonas estão em baixo... Mas ela interessou-se logo pelo mano, e eu fui passear com ela e ver a árvore de Natal. Como ela nem falava, só percebia, disse-lhe que ía para casa nesse dia e ficou mais contente.
A partir daí o miudo conquistou o seu lugar na casa, e ela nunca têve ciúmes. Muito precoce e alegre, dava abraços muito apertados, tornaram-se os melhores amigos. Os bebés só têm olhos para os mais pequenos, reconhecem logo " a malta".
Agora aqui está. Todo espigadote, delegado de turma, quadro de honra, sempre simpático.
Sai a mim.
Com ela tinha sido tão diferente! Parto natural, com epidural que não sou doida, e em duas horas estava cá fora. Nasceu à 1 h da manhã e puseram-ma na cama, e claro, fiquei toda a noite acordada, a olhar para aquela coisa enorme, até me custava pegar nela, devia estar mesmo fraca.
Mas de manhã levantei-me e fui tomar duche... A enfermeira ia-se passando, que eu não podia andar , e tomar banho...isto na Alfredo da Costa, que tem 9 mulheres por quarto e no meu havia gémeos. Pois, dez bebés aos berros. E também gostei quando veio a médica, sentou-se no centro do quarto, à mesa, e começou a preencher um inquérito, em que perguntava a cada uma "foi um
bebé planeado?", "já têve algum aborto antes? Natural ou provocado?"e coisas assim... Claro que quando chegou a minha vez menti com quantos dentes tinha na boca. Comigo não se safam. Até disse que era solteira (mentira) pois tinha no BI ainda solteira, não o mudara porque queria ter a morada de Lisboa e ficar no hospital onde o meu médico trabalhava.
Bem mas senti-me tão culpada de estar ali no hospital, desta vez numa ala renovada, com cortinas entre as camas e tudo, e a minha filha em casa dos avós. Ainda por cima o pai contou-me que quando a ía buscar, ela percorria toda a casa a chamar a "mamã". Deve ter pensado que eu desapareci. Uma semana. E eu na maternidade, ouvia chorar e não me levantava, tinham de me dizer "é o seu!". Ah, não era nada o choro que eu conhecia...
Depois ela foi ver-nos, e eu desatei num pranto.... Estava no quinto dia de nascimento, acho que as hormonas estão em baixo... Mas ela interessou-se logo pelo mano, e eu fui passear com ela e ver a árvore de Natal. Como ela nem falava, só percebia, disse-lhe que ía para casa nesse dia e ficou mais contente.
A partir daí o miudo conquistou o seu lugar na casa, e ela nunca têve ciúmes. Muito precoce e alegre, dava abraços muito apertados, tornaram-se os melhores amigos. Os bebés só têm olhos para os mais pequenos, reconhecem logo " a malta".
Agora aqui está. Todo espigadote, delegado de turma, quadro de honra, sempre simpático.
Sai a mim.
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