Portugueses


Não, não vou começar um discurso...
Quando pensamos em Portugal, nós somos onde a Europa começa. Eles (europeus) , pensam que somos onde acaba... o fim do mundo....aquele pontita ali, na "jangada de pedra" (presa por uma corda ao resto da europa, ) que é a península Ibérica (Espanha e Portugal). Uma espécie de Cornualha para os ingleses. Não percebem que nós e os espanhois, é como os alemães e os ingleses.
Nós percebemos tudo o que aqueles tipos dizem e eles não percebem népias do que nós falamos...
Sendo nós os alemães. A nossa língua é difícil e tem muitos sons, é-nos fácil imitar a pronúncia dos outros povos, e as crianças aprendem muito bem. Agora quase todos têm inglês a partir dos cinco, e espanhol ou francês ou alemão a partir do sétimo ano. Duas línguas, de graça, no ensino oficial. público, gratuito. Para emigrarmos para o resto da CE.

Vi recentemente um programa interessante da Tyra. Tyra tinha o público sentado por etnias (raças?), caucasianos, latinos, asiáticos, negros...Todos americanos. Depois tinham um painel, um grupo, constituído por elementos de cada raça, e mostravam-lhes nomes, e eles discutiam como imaginavam que aquela pessoa seria. Aparece o "José" e começam todos a dizer que é um empregado de limpeza ou um traficante de drogas. Uma Asleigh, é uma mulher branca, snob, rica. Uma Tanitha é uma negra do gueto. Um Nuiht-Ni é um chinês provavelmente informático, ou cozinheiro....Claro que depois as fotos correspondiam a crianças, realmente dessas etnias (ou não). Mas que pelos vistos, já carregavam o peso do seu nome, mesmo sendo classe média ou alta...
Aí começaram a discutir se as pessoas agora já se aperceberam disso e dão nomes , mais "americanos " aos filhos. Já, a primeira geração nascida dos emigrantes, são em geral "Emily" embora a mãe seja latina, o filho "William" embora os pais sejam chineses. Alguns elementos do público insurgiram-se e disseram que mantinham as suas tradições. Mesmo que isso viesse a prejudicar o filho nas candidaturas a empregos...

Depois achei graça a um brasileiro, bastante caucasiano, que era considerado latino, para os americanos. Ele disse, muito inteligentemente, que descendiam de vários povos europeus, desde holandeses, a espanhois, a portugueses e outras raças caucasianas, não só dos índios ou negros levados pela escravatura. E que não se consideravam latinos. Que havia uma certa hierarquia na américa do sul, no topo da qual estavam os Argentinos e Brasileiros, a seguir por ordem decrescente (já não me recordo, mas eram países mais pobres) países em que realmente havia muitos Josés. Eles era mais Ayrton, Nelson, Henrique, sei lá.... Hum.

Para nós os brasileiros, os das telenovelas, são europeus como nós. Os emigrantes que aparecem são geralmente "mulatos" (embora ninguém lhes chame isso e sim morenos) e de Minas Gerais...
Com as suas pronúncias engraçadas. Ninguém os goza ou discrimina (por enquanto), achamos que são pessoas simpáticas e alegres e tomaram conta de toda a restauração (cafés, lojas). São bem mais simpáticos que os empregados de farda, que fingem não ouvir quando os chamamos da esplanada.

Já percebi que para os brasileiros médios os portugueses são "os manueis emigrantes". Realmente Manuel e José, foram nomes muito populares na nossa cultura. Assim como Maria e Ana. Muito católicos , nós. E agora voltaram a estar na moda, como sendo "chiques".
Mas o que não falta por aqui são Guilhermes, Dinis, Tiagos, Miguel, Afonso, Francisco, David, Martin, Tomás, Diogo... E as meninas são Sofias, Filipas, Catarinas, Carolinas, Franciscas, Teresas, Saras, Bárbaras, Brunas.
O meu nome também está a ficar na moda (ras parta...) e antes havia poucas. Vi na net que no ano em que nasci, nos EUA o nome mais atribuído era David e as mulheres era Mary? (David Cassidy, Mary Tyler Moore). Cá era Paulo (o Papa Paulo VI). Podiam-se fazer teses de mestrado sobre o assunto.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Cougars ou Milfs

Lady Liuwa

Napoleão! Bla bla bla Whiskas saquetas