Uma mista de Pitt com Jonhy Depp please

Não há fome que não dê em fartura. Começo a acreditar nas cartas, nos signos da Maya... Previam muita procura, para a geminiana que eu sou, e que se limitava a olhar de ladecos a ver se o carro do vizinho giro estava na garagem, ou se haveria alguma hipótese de ir com ele no elevador, ou que estratégia ousada de abordagem poderia usar para o levar a convidar-me para um copo , chez moi... A calcadela no travão do elevador causando a sua paragem entre andares já me surgiu, seguida de um tropeção para cima dele, ou será muito bruta? Tenho de ser mais subtil. Um cartão no carro... ele atirava logo fora, pensando serem os montadores de estores. O rapaz é muito inquisitivo, e apanha-me nas ocasiões mais delirantes, como quando eu estava meio metida no caixote do lixo dos jornais, a tirar alguns para a Coockie não me sujar a varanda. "São para o cão" digo eu "ah, " diz ele incrédulo, "ele lê?" ... Ele é simpático para toda a gente, mas comigo não fala com aquela altura de voz que usa para a porteira . Engraçado que ele foi a primeira pessoa do prédio com quem falei, qd vi que ele ía para o ultimo andar perguntei onde morava a porteira e como se chamava ela e ele "não é comigo. Tem um nome que não se esquece, é pensar no pássaro do Continente". Ai este elevador, quantas memórias felizes encerra. Deve ser a tal distancia física social que é ultrapassada (um metro não é?) o elevador é estreito. Curiosamente não tem efeito com o do 8º que ainda por cima toma banho em eau de parfum...
Mas não, com o giro ainda não tive sorte.
A fome que dá em fartura são mensagens tipo "tás chatiada comigo? Não me falas no mensager?" e "estou aqui no ténis, queres vir cá conhecer-me" e lá vou eu e até tropeço com o sorriso de aparelho nos dentes azul. E mais não digo. Só me falta que os espertinhos leiam isto...