E.R.
Serviço de urgência, existe mesmo. Mas não vi lá médicos assim. Deviam estar de fim de semana.
Lá estive eu num "banco", um domingo calmo. A minha mãe têve um colapso e fomos para lá. Aquele enorme hospital na baixa, que era simplesmente lúgubre e frio. Agora com a urgência renovada parece novo. Claro que o vão fechar e fazer um novo em Chelas, por isso que melhor altura que esta para pôr cadeiras decentes e televisores de écran plano em todas as salas de espera? Calhou a mim entrar para a sala das urgências (mudar fraldas e ver sangue, calha sempre a mim) e ao lado da minha mãe, um tanto ensonada (deram-lhe prioridade por desconfiarem de AVC , não era), estava uma mulher com um olho do tamanho de uma bola de ténis, arranhões no braço, mas muito preocupada com as roupas.
Estavam lá imensas mulheres a berrarem "quero ir-me embora" e uma "dra! quero a cama mais baixa!", e lá ía a dra. "há pouco era mais alta!". Coitadas, é que só se entendem aos gritos. Contei que ela ficara assim, mas ainda no dia anterior andava e comia sozinha e perguntei se íam fazer um Tac. Olhou-me com ar desconfiada (ou são condescendentes ou não respondem) e disse que íam fazer vários testes, para eu ir para a sala que depois chamavam no altifalante.
Na sala lá estava a malta do costume das E.R. As sem abrigo que tinham ido para lá ver televisão. A família que aproveitava para discutir em público. Umas impacientes como nós, que logo perguntámos se os Tac demoravam muito? " Umas horas". Nessa altura devíamos ter feito como o bando de teenagers que trouxera o amigo traumatizado, irmos embora. Claro que ía ficar internada. As análises deram valores baixos, não era da cabeça, era dos remédios. Por fim chamaram um familiar e eu "vai tu agora!" e explicaram o que tinham estado a observar que ía ficar.
Ok. Ao menos tratam bem os doentes. E tivémos sorte que era um dia calmo. E a minha mãe dormiu a sua soneca diurna. Mas deviam ter uns médicos mais Dr.Kovak. Só mulheres e médicos imberbes.
Na sala lá estava a malta do costume das E.R. As sem abrigo que tinham ido para lá ver televisão. A família que aproveitava para discutir em público. Umas impacientes como nós, que logo perguntámos se os Tac demoravam muito? " Umas horas". Nessa altura devíamos ter feito como o bando de teenagers que trouxera o amigo traumatizado, irmos embora. Claro que ía ficar internada. As análises deram valores baixos, não era da cabeça, era dos remédios. Por fim chamaram um familiar e eu "vai tu agora!" e explicaram o que tinham estado a observar que ía ficar.
Ok. Ao menos tratam bem os doentes. E tivémos sorte que era um dia calmo. E a minha mãe dormiu a sua soneca diurna. Mas deviam ter uns médicos mais Dr.Kovak. Só mulheres e médicos imberbes.
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