Voltei das berças
Engraçado como férias para mim, são estar no Vale, entre Soalhães e Juncal, um oásis de casas com mais de cem anos mas bem conservadas, rodeadas de verde por todos os lados.
As aldeias (ou lugares) à nossa volta , têm coloridas casas de emigrantes, mas como todas aquelas casas e terrenos são da NOSSA família, há ali uma certa conspiração para que "o Bale não se desenbolba", nem um café à vista, nem uma piscina, só tanques de rega, e até a casa que a minha prima construiu de raiz é ecologicamente correcta, alimentos biológicos, granito à vista. Por fora, que por dentro têm bilhares, net e tvs com satélite. Qualidade de vida, também. Vão dar aulas a trinta quilómetros a Baião, ao Marco ao Modelo, e à piscina em Amarante, e à noite estão naquele silêncio, em que se ouvem grilos, uivos (raposas?), mochos, vêem milhões de estrelas....
E no entanto nem ali se está a salvo. A minha casa tinha sido assaltada, vandalizada, mas como daquelas todas deve ser a única que só tem electrodomésticos reciclados (as coisas que não querêmos vão para lá), limitaram-se a partir as fechaduras, atirar móveis ao chão, assim como a tv, que tinha uns 15 anos, mas por acaso era a cores. Claro que é a única que está deserta o ano inteiro, menos em Agosto, que eu , mãe, irmã, tia e primo, só lá vamos quando não corrêmos o risco de congelar. Temos uns caseiros (empregados?) que cultivam o quintal e jardim, por isso tem sempre bom aspecto, mas não moram lá.
Claro que desta vez, nem pensar em deixar portões abertos, portas no trinco, que isto são outros tempos. E eu tenho dois miúdos e dois gatos e uma mãe que deixava as portas abertas, para eu ter que ir procurar os gatos ao fundo do quintal. E os miúdos são citadinos típicos, cheios de medo das aranhas, que eu matava com uma palmada certeira, tipo Garfield (bem, eram mais aranhiços) . No meu tempo só tinha medo de vampiros e lobisomens. Estes é de ladrões.
Pena não ter levado a minha Cookie, percebo agora porque todos têm cães.
Eu também tenho, mas com isto tudo, parece que me sinto mais segura no meu t3, num prédio de 11 andares, que na bucólica aldeia onde a 12 km está uma cidade cheia de "arrumadores", tal como cá. E outros de certeza mais perigosos, desempregados e desesperados.
As aldeias (ou lugares) à nossa volta , têm coloridas casas de emigrantes, mas como todas aquelas casas e terrenos são da NOSSA família, há ali uma certa conspiração para que "o Bale não se desenbolba", nem um café à vista, nem uma piscina, só tanques de rega, e até a casa que a minha prima construiu de raiz é ecologicamente correcta, alimentos biológicos, granito à vista. Por fora, que por dentro têm bilhares, net e tvs com satélite. Qualidade de vida, também. Vão dar aulas a trinta quilómetros a Baião, ao Marco ao Modelo, e à piscina em Amarante, e à noite estão naquele silêncio, em que se ouvem grilos, uivos (raposas?), mochos, vêem milhões de estrelas....
E no entanto nem ali se está a salvo. A minha casa tinha sido assaltada, vandalizada, mas como daquelas todas deve ser a única que só tem electrodomésticos reciclados (as coisas que não querêmos vão para lá), limitaram-se a partir as fechaduras, atirar móveis ao chão, assim como a tv, que tinha uns 15 anos, mas por acaso era a cores. Claro que é a única que está deserta o ano inteiro, menos em Agosto, que eu , mãe, irmã, tia e primo, só lá vamos quando não corrêmos o risco de congelar. Temos uns caseiros (empregados?) que cultivam o quintal e jardim, por isso tem sempre bom aspecto, mas não moram lá.
Claro que desta vez, nem pensar em deixar portões abertos, portas no trinco, que isto são outros tempos. E eu tenho dois miúdos e dois gatos e uma mãe que deixava as portas abertas, para eu ter que ir procurar os gatos ao fundo do quintal. E os miúdos são citadinos típicos, cheios de medo das aranhas, que eu matava com uma palmada certeira, tipo Garfield (bem, eram mais aranhiços) . No meu tempo só tinha medo de vampiros e lobisomens. Estes é de ladrões.
Pena não ter levado a minha Cookie, percebo agora porque todos têm cães.
Eu também tenho, mas com isto tudo, parece que me sinto mais segura no meu t3, num prédio de 11 andares, que na bucólica aldeia onde a 12 km está uma cidade cheia de "arrumadores", tal como cá. E outros de certeza mais perigosos, desempregados e desesperados.
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