Fora do Mercado


O mercado depende da oferta e da procura. O equilíbrio é precário.

50% de relações terminam em ruptura.
Num inquérito realizado na Grâ-bretanha, passado um ano de divórcio, 50% das mulheres não se consideravam mais felizes. Contra uns 25 % muito felizes e outros 25% antes pelo contrário.
Restam-nos os 50 % que permanecem casados. Dos quais 20 % se amam, 20% são amigos e 10% odeiam-se... digo eu, optimista.
Os homens que tiveram um casamento infeliz, tendem a casar de novo. As mulheres que tiveram um casamento infeliz não desejam casar de novo.

O conceito de casamento religioso e monogamia foi imposto pela igreja, no Ocidente, sobretudo após a Peste negra. Antes a poligamia era bastante tolerada, os casamentos, simples rituais.
O Homem, tal como muitos animais, tende para a poligamia. Mas a monogamia assegura a sobrevivência de mais crias. A não ser que se viva em grupo. Aí há toda uma aldeia para criar as crianças.

Na sociedade ocidental o casamento continua a ser o núcleo mínimo da sociedade, a família. Na oriental também, mas é uma família alargada, com bastante consanguinidade , casamentos entre primos direitos, não só para manter a propriedade, como porque só na intimidade familiar os homens podem ver as mulheres sem véus. Entre portas e familiares, é permitido andar "à ocidental" ou pelo menos de cabeça descoberta.

No Ocidente o número de mulheres supera o dos homens. Não só são encorajadas a trabalhar lado a lado com eles, como o seu papel de mãe e domésticas é constantemente desvalorizado. Perdido esse estatuto de dona de casa vitoriana, em que o esposo providenciava o sustento e se gabava das prendas domésticas da esposa, que pela sua eficiência inclusive lhe aumentava o estatuto perante os pares, a mulher lança-se no duro mundo do horário duplo, trabalhando em média mais horas que o seu companheiro. E no entanto continua a desejar o casamento. A procurar um companheiro, dura tarefa, pois são em menor número e preferem prolongar a adolescência pelos vintes adiante e deixar a família para mais tarde. Com uma companheira mais nova?

E aí temos o mercado da oferta e da procura. Homens e mulheres cada vez mais velhos, à procura de um companheiro, com quem estabelecer família. Sendo que as probabilidades de casamento das mulheres depois dos 30 anos vão caindo gradualmente, embora biologicamente se sintam no pico da sua sexualidade.

Temos então os mercados paralelos. Os casados que já tendo filhos, se sentem cada vez mais negligenciados pelas suas esposas. Sim, já cumprimos o nosso papel procriador, deixem-nos tratar das crias. Na natureza e na mulher, os níveis hormonais caem, os machos são afastados.
Muitos divórcios dão-se nestes primeiros sete anos de casamento. A crise dos sete anos. Dos 14 também. Os homens voltam-se para as inúmeras solteiras, que não se importam de os acompanhar nas suas saídas "com os amigos". E as suas mulheres também não, desde que não seja demasiado evidente, podem ir jogar cartas, ao bar, reuniões e conferências e jantares de trabalho. Até que também elas, no seu emprego, amigos, ou internet, se começam a interessar por outros. Que não aquele que ali não está.

Passado um ano, serão mais felizes? O que é a felicidade? Momentos. Liberdade. Vidas novas?
Ainda há casais felizes há 50 anos? Quando vêmos casais idosos de mãos dadas, vimos por vezes a descobrir que é o terceiro casamento. Porque o homem tem sempre fé. No amor?

Comentários

Marias disse…
O Sawyer, era uma personagem divertida no LOST. Todo sarcástico, a dar alcunhas a todos, mas muito sensível, e se precisavam de ajuda lá estava. Tb é modelo e casado, deve ser um bom marido.

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