Dança das cadeiras
No outro dia houve uma reunião sobre as tais excursões de finalistas, na Escola António Damásio, aqui perto. A minha filha foi, com as amigas delas e os pais, eu voltei para casa. Quando a fui buscar, ela disse que tinha ido dar uma volta pela escola com elas , e elas estavam maravilhadas por a escola ter quadros com marcadores ! E cadeiras e mesas limpas ! Ai, fiquei um bocado revoltada. Essa escola chamava-se antes Herculano de Carvalho e ainda foi uma das obras do meu pai. Eh eh, ou seja, ele na altura trabalhava no LNEC e fez os estudos do terreno para avaliar como seria a estrutura e peso e assim, ele é que me disse " aqui vai ser uma escola, mas já não vais a tempo de ir para lá...." . Eu andava numa quase em Chelas.
Ou seja, uns dez mil anos atrás . E agora foi toda remodelada, no governo do Sócrates.
A dos meus filhos, já no concelho de Loures, mantêm-se igual a quando foi feita. Já nem falo do amianto, nas coberturas que levam de pavilhão em pavilhão. Das rachas visíveis nos pilares. Dos quadros a giz.
O que me irrita é a dança das cadeiras. Segundo parece, quando entram numa sala vão a correr para o lugar deles e investigam a cadeira. Se estiver com falhas, pernas tortas, sem costas, correm a roubar uma boa que esteja na mesa doutro colega....Sim, metade delas estão estragadas. E a uso. Pois não há dinheiro para remodelações. Mas quase todas as salas têm um computador para o professor e um projetor, Tornou-se muito útil planear as aulas em power point e dá-las assim. Na última vez que dei aulas ( em que a escola era igual à deles arquitectonicamente, mas já tinha sido repintada e tinha cadeiras e mesas novas ) havia malta que dava a aula toda assim, os alunos ficavam semi adormecidos e tiravam fotocópias do alunos que se dera ao trabalho de tirar apontamentos.
Bem, mas irritam-me estas como se diz, assimetrias regionais ? Uns nunca pegaram num pau de giz antes de irem para ali ( os meus filhos ), outros nunca viram escolas com quadros de plástico e canetas.
É a diferença entre andar na Vasco da Gama ( escola pública no Parque das Nações) e noutra dois kms acima.
Fora de Lisboa. Mas os meus filhos adoram, os alunos são muito amigáveis, os professores bons. Acham divertido lutar pelas cadeiras. Desconfio que gozam de alguma aura quando contam que nas aulas de desenho tinham mesas com lâmpadas para fazerem desenhos à transparência. Que estavam sempre fundidas, mas enfim.
Eu no entanto, descobri que sou alérgica a quadros de giz, sempre que estava perto de um começava a espirrar. Devo por isso concorrer a escolas só modernizadas. Ou manter-me em movimento pela sala.
Ou seja, uns dez mil anos atrás . E agora foi toda remodelada, no governo do Sócrates.
A dos meus filhos, já no concelho de Loures, mantêm-se igual a quando foi feita. Já nem falo do amianto, nas coberturas que levam de pavilhão em pavilhão. Das rachas visíveis nos pilares. Dos quadros a giz.
O que me irrita é a dança das cadeiras. Segundo parece, quando entram numa sala vão a correr para o lugar deles e investigam a cadeira. Se estiver com falhas, pernas tortas, sem costas, correm a roubar uma boa que esteja na mesa doutro colega....Sim, metade delas estão estragadas. E a uso. Pois não há dinheiro para remodelações. Mas quase todas as salas têm um computador para o professor e um projetor, Tornou-se muito útil planear as aulas em power point e dá-las assim. Na última vez que dei aulas ( em que a escola era igual à deles arquitectonicamente, mas já tinha sido repintada e tinha cadeiras e mesas novas ) havia malta que dava a aula toda assim, os alunos ficavam semi adormecidos e tiravam fotocópias do alunos que se dera ao trabalho de tirar apontamentos.
Bem, mas irritam-me estas como se diz, assimetrias regionais ? Uns nunca pegaram num pau de giz antes de irem para ali ( os meus filhos ), outros nunca viram escolas com quadros de plástico e canetas.
É a diferença entre andar na Vasco da Gama ( escola pública no Parque das Nações) e noutra dois kms acima.
Fora de Lisboa. Mas os meus filhos adoram, os alunos são muito amigáveis, os professores bons. Acham divertido lutar pelas cadeiras. Desconfio que gozam de alguma aura quando contam que nas aulas de desenho tinham mesas com lâmpadas para fazerem desenhos à transparência. Que estavam sempre fundidas, mas enfim.
Eu no entanto, descobri que sou alérgica a quadros de giz, sempre que estava perto de um começava a espirrar. Devo por isso concorrer a escolas só modernizadas. Ou manter-me em movimento pela sala.
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