Os filhos causam divórcios
Lavei mais de sei lá quantas máquinas de roupa para os miúdos levarem nas férias com o pai. Estiquei-as muito bem na corda e sairam mais ou menos boas, só faltava ter de as passar. É curioso como a roupa boa desaparece. Gastei 60 euros em dois calções e duas t-shirts na loja da Lego, foi para o pai e voltou vestido com calções para oito anos. Deve andar a fazer colecção de calções lá em casa. Esta é uma queixa recorrente das minhas amigas que têm filhos a passarem dias no pai. A roupa que levam vestida fica lá para lavar e nunca mais volta. Mas a roupa que lhes dão lá, se vem cá é por acaso, e se fica cá um blusão, o pai manda subir para o vir buscar. É tão giro ter um ex-marido! antes ainda se podiam queixar, se a mulher estava desempregada ou não, costumava ficar com a casa, a viver lá com as crianças, e o marido ía para um apartamento. Agora, segundo a nova lei, divide-se tudo e ninguém sustenta ninguém. O que não deixa de ser interessante, pois chega-se ao ponto de ficarem uma semana com o pai e outra com a mãe. Mesmo que o pai nunca tenha tomado conta deles e continue a não tomar, arranja uma avó, tia, empregada, para os ir buscar à escola e ficar com eles. Porque ele não vai sair às cinco do emprego, nem vai faltar aos jantares de negócios, nem às viagens. tenho uma amiga advogada. ela saiu de casa, ela comprou outra mesmo ao pé da escola dos filhos que têm 6 ela, e 8 ele. Na semana que estão com ela, ela vai buscá-los. leva-os à piscina, balett, música...dá-lhes jantar e está com eles. na semana em que ficam com o pai, ela encontra a filha na piscina, com a tia, a filha agarra-se a ela, "mãe, leva-me para casa1"...E ela não pode. já foi de novo ao Juiz pedir a mudança, ela com eles à semana e irem ao fim de semana ao pai. a ele também lhe convinha, mas a Juíza disse que não, não havia razões para mudar, as notas eram boas na mesma... as Juízas são piores para as mães, com a questão da igualdade de direitos, e os pais se estão ressabiados não cedem e os filhos são uma espécie de moeda de troca. Claro que depois, na adolescencia, fazem o que querem, o filho prefere ficar com o pai, a filha com a mãe...até se chatearem e quererem trocar...
Mas mesmo nos casamentos que se mantêem os filhos exercem muito poder, sem o saberem. Enquanto são pequenos, as mães em geral, tendem a defendê-los e os pais a serem os severos. Ou ao contrário. Mas muitas vezes criam dissidências entre os pais. Se é o pai que obriga o miúdo a comer até ao fim perante o ar carrancudo da mãe, e no fim este vomita no chão da sala....
beeeemmmmm.....temos amuo....no mínimo. Se é a mãe que está saturada das tolices do filho o dia inteiro e ao jantar lhe dá um berro para ele se comportar, fica o pai a olhar, e o filhinho a chorar, "papá,papá". Lindo.
Já assisti e fiz parte de cenas parecidas. As piores eram nos casamentos e baptizados, quando o papá achava que os meninos tinham de comer e se portar bem, e não os deixava sentar na mesa "dos miúdos" e sim ao pé dele. porque o importante não era que eles se divertissem e se calhar até comessem, estando ao pé dos outros, o importante era afirmar a sua autoridade. e as tias da mãe vinham dizer-lhe, "ai filha, também sofri muito com o teu tio, tu tem paciência...". Nos almoços com os avós também há cenas, e a sogra lá vem dizer,"paciência", ou a mãe "sempre o achei um bruto, pobre criança!" . Paciência acho que só se tem se se tiver umas palas como os cavalos, e fingir não ver nada e andar em frente. Estas coisas têm de ser discutidas fora do alcance do ouvido das crianças, e tem de se chegar a um acordo. O pior é quando não se consegue chegar a acordo. Porque para algumas pessoas, uma birra das crianças equivale a um desafio à autoridade do pai. às vezes a mãe também está irritada e enfia a cabeça do filho no prato da sopa (uma amiga minha fez isto, mas não fui eu!). Eu sempre preferi sair da sala dar umas cabeçadas nas almofadas, e voltar para a sala, tirá-los das cadeiras e dizer "para o quarto e fique lá". E fazer um ar chateado. Claro que também ouvi coisas do género " tu agora só gostas do mano!", e ficamos sempre um bocado abaladas, e lá respondemos a custo "gosto dos dois, não gosto é que te portes mal". enfim, desafios de ter filhos pequenos. por alguma coisa a maior parte dos casais se divorcia quando tem dois ou mais filhos pequenos. ou depois na adolescência.
Mas mesmo nos casamentos que se mantêem os filhos exercem muito poder, sem o saberem. Enquanto são pequenos, as mães em geral, tendem a defendê-los e os pais a serem os severos. Ou ao contrário. Mas muitas vezes criam dissidências entre os pais. Se é o pai que obriga o miúdo a comer até ao fim perante o ar carrancudo da mãe, e no fim este vomita no chão da sala....
beeeemmmmm.....temos amuo....no mínimo. Se é a mãe que está saturada das tolices do filho o dia inteiro e ao jantar lhe dá um berro para ele se comportar, fica o pai a olhar, e o filhinho a chorar, "papá,papá". Lindo.
Já assisti e fiz parte de cenas parecidas. As piores eram nos casamentos e baptizados, quando o papá achava que os meninos tinham de comer e se portar bem, e não os deixava sentar na mesa "dos miúdos" e sim ao pé dele. porque o importante não era que eles se divertissem e se calhar até comessem, estando ao pé dos outros, o importante era afirmar a sua autoridade. e as tias da mãe vinham dizer-lhe, "ai filha, também sofri muito com o teu tio, tu tem paciência...". Nos almoços com os avós também há cenas, e a sogra lá vem dizer,"paciência", ou a mãe "sempre o achei um bruto, pobre criança!" . Paciência acho que só se tem se se tiver umas palas como os cavalos, e fingir não ver nada e andar em frente. Estas coisas têm de ser discutidas fora do alcance do ouvido das crianças, e tem de se chegar a um acordo. O pior é quando não se consegue chegar a acordo. Porque para algumas pessoas, uma birra das crianças equivale a um desafio à autoridade do pai. às vezes a mãe também está irritada e enfia a cabeça do filho no prato da sopa (uma amiga minha fez isto, mas não fui eu!). Eu sempre preferi sair da sala dar umas cabeçadas nas almofadas, e voltar para a sala, tirá-los das cadeiras e dizer "para o quarto e fique lá". E fazer um ar chateado. Claro que também ouvi coisas do género " tu agora só gostas do mano!", e ficamos sempre um bocado abaladas, e lá respondemos a custo "gosto dos dois, não gosto é que te portes mal". enfim, desafios de ter filhos pequenos. por alguma coisa a maior parte dos casais se divorcia quando tem dois ou mais filhos pequenos. ou depois na adolescência.
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