Segunda feira
As férias são os dias mais trabalhosos para as donas de casa/desempregadas/trabalhadoras part-time at home, etc. Para quem tem um ou mais filhos, claro. Ou um marido em casa, mas disso não sei nada.
Deve haver imensa gente nesta situação neste momento, mesmo que muitas destas pessoas sejam avós e não mães. Agora com este tempo meio nublado, embora quente, a praia está excluída, e a filharada fica muito feliz em casa, afinal passam o ano o dia inteiro (dizem eles) na escola. Ali estão eles nos computadores, nas tvs, nas wii, na playstation.
Ao telefone ao mesmo tempo com as amigas, muitas vezes.
E nós querêmos fazer a nossa vida "profissional", sair, tomar café, comprar pão, fruta e legumes, jornal, trocar umas palavras com o mundo lá fora, mesmo que sejam com os comerciantes "é o café do costume?" , "hoje está abafado", "pois é", etc. O dilema é levá-los ou não. No caso dos meus, têm idade para ficar uma meia hora sozinhos sem fazerem asneiras, e mão se consegue arrastá-los antes do meio dia de casa, e aí eu, que acordo às sete, às nove, já estou a ferver por um café. Depois há outras actividades que tenho que fazer, tipo consultas etc, a que tenho que os levar, e aí vão de nintendo na mão, só os guardam se formos de metro, que isso já é uma grande aventura. No outro dia então foi o máximo. Na minha inexperiência dos transportes públicos, deixei passar a irmã, a seguir eu, e deixei para trás o mais novo. Que não conseguia passar o bilhete, e a cancela não abria, e já estava em lágrimas do lado de lá...e nunca há empregados quando é preciso. Já estava preparada para voltar para tras e trazê-lo quando ele se infiltra nas costas de um velho...
Esperto. Mas para sair era preciso passar também o bilhete, que por qq motivo não funcionava (eu carreguei-o, juro!), mas aí passei na "saída com crianças " (aquelas para se passar com os carrinhos) e safámo-nos só com um bilhete... Enfim, sair à rua com eles é uma aventura. Mesmo no carro, às vezes tb se desentendem e começam ao murro e eu aos gritos e aí percebo a minha amiga que tem três, que quando viu o meu jipe disse "isso para mim não dava, não me podia virar para distribuir palmadas em andamento". Claro. P0r isso não me digam que ser doméstica não é profissão. É a profissão mais mal paga, até os pequenos ingratos já dizem "a minha mãe não trabalha", quando percorremos a cidade toda em busca de dentistas e cenas ....Mas é muito gratificante, é, é! Podemos sempre dizer às nossas amigas solteiras "ah, e vives então com os teus pais..." com aquele ar, " e vais ter que tomar conta deles na velhice" que é o que eles esperam. E devia ser assim, mas eu pelo menos, acho que prefiro safar-me sozinha, e comer atum em lata e feijões frade todos os dias, do que estar à espera dos filhos...
Deve haver imensa gente nesta situação neste momento, mesmo que muitas destas pessoas sejam avós e não mães. Agora com este tempo meio nublado, embora quente, a praia está excluída, e a filharada fica muito feliz em casa, afinal passam o ano o dia inteiro (dizem eles) na escola. Ali estão eles nos computadores, nas tvs, nas wii, na playstation.
Ao telefone ao mesmo tempo com as amigas, muitas vezes.
E nós querêmos fazer a nossa vida "profissional", sair, tomar café, comprar pão, fruta e legumes, jornal, trocar umas palavras com o mundo lá fora, mesmo que sejam com os comerciantes "é o café do costume?" , "hoje está abafado", "pois é", etc. O dilema é levá-los ou não. No caso dos meus, têm idade para ficar uma meia hora sozinhos sem fazerem asneiras, e mão se consegue arrastá-los antes do meio dia de casa, e aí eu, que acordo às sete, às nove, já estou a ferver por um café. Depois há outras actividades que tenho que fazer, tipo consultas etc, a que tenho que os levar, e aí vão de nintendo na mão, só os guardam se formos de metro, que isso já é uma grande aventura. No outro dia então foi o máximo. Na minha inexperiência dos transportes públicos, deixei passar a irmã, a seguir eu, e deixei para trás o mais novo. Que não conseguia passar o bilhete, e a cancela não abria, e já estava em lágrimas do lado de lá...e nunca há empregados quando é preciso. Já estava preparada para voltar para tras e trazê-lo quando ele se infiltra nas costas de um velho...
Esperto. Mas para sair era preciso passar também o bilhete, que por qq motivo não funcionava (eu carreguei-o, juro!), mas aí passei na "saída com crianças " (aquelas para se passar com os carrinhos) e safámo-nos só com um bilhete... Enfim, sair à rua com eles é uma aventura. Mesmo no carro, às vezes tb se desentendem e começam ao murro e eu aos gritos e aí percebo a minha amiga que tem três, que quando viu o meu jipe disse "isso para mim não dava, não me podia virar para distribuir palmadas em andamento". Claro. P0r isso não me digam que ser doméstica não é profissão. É a profissão mais mal paga, até os pequenos ingratos já dizem "a minha mãe não trabalha", quando percorremos a cidade toda em busca de dentistas e cenas ....Mas é muito gratificante, é, é! Podemos sempre dizer às nossas amigas solteiras "ah, e vives então com os teus pais..." com aquele ar, " e vais ter que tomar conta deles na velhice" que é o que eles esperam. E devia ser assim, mas eu pelo menos, acho que prefiro safar-me sozinha, e comer atum em lata e feijões frade todos os dias, do que estar à espera dos filhos...
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