trrim, trriiimmmm telefone




Os telefones antigamente é que era! Tocavam alto e a bom som, e havia gritos pela casa "Ninguém atende o telefone?". O telefone era aquela coisa preta, que estava no hall, com o auscultador preso num fio encaracolado. E uns números para rodar (comutação manual). O que fazia o atendimento uma surpresa (não também não havia indicação de quem estava a ligar). Atendíamos e de lá podia vir "olá Nélita! " "Deve ser engano" ,"Não é da Nelita 345231?" (também não havia indicativos, só para o estrangeiro) , "é engano" e às vezes desligavam, sem pedir desculpa.
Outras vezes íamos a correr de coração a palpitar, e era para o pai... Se era para nós, ficávamos a falar horas, era barato. Agora também é, e diz sempre quem fala. Os miúdos falam muito no msn. Eu, se são números Privados ou que não conheço, não atendo. Se insistem atendo, pode ser a minha irmã do escritório ou o pai dos miúdos.
Agora regras para o telefone:

1ª Não deixe tocar mais de cinco vezes. A pessoa pode estar no wc, com as mãos na massa, a fazer sexo, a tomar banho, a dormir a sesta. Deixe-lhe um sms no telemóvel " liga-me".

2º Não telefone 20 vezes. A pessoa pode não estar para o aturar.

3º Convêm atender os pais. Eles tendem a stressar e a telefonar para os hospitais.

4º Não atenda o telemóvel quando está acompanhado da namorada. Nem todas têm paciência de ficar a ouvir: "Xana, há que tempos! Que é que andas a fazer? Eu? Nada de especial".... Grrrrrr

5ª. Não seja um escravo do Telemóvel. Desligue-o no cinema. Não fale aos gritos, a pessoa está longe mas garanto que o consegue ouvir. Não fale nos transportes públicos. Depois pode ouvir de outro passageiro "concordo consigo, o Sócrates está gordo".

C´est ça.

Comentários

kuka disse…
O primeiro telefone, em casa de meus pais, não tinha disco para marcar os numeros.
Levantávamos o auscultador e pedíamos o número à telefonista. A menina é muito nova.
Marias disse…
Ah. Era daqueles na parede de dar á manivela para chamar a telefonista? Não acredito... O da figura que pus era igual ao da casa dos avós, em minha casa era mais arredondado. Mas estes sem fim são uma chatice, estamos sempre a procurá-lo...
kuka disse…
Não era de dar à manivela e era mais moderno do que esse da foto.
Em 1970 ainda existiam muitas centrais telefónicas das que relatei. Depois automatizaram todas e aí sim...Já se podia discar o numero. Possuo um que trouxe de casa dos meus sogros. Embora moderno, ainda é de discar.
Só serve para decoração.
Marias disse…
Sim. O discar levava a muitos enganos.
Mas os meus avós eram de uma aldeia do norte, tinham o único telefone da terra, mas quando lá ía já era de discar.
kuka disse…
Vivia em Almada.
Quando vinha ao Algarve e precisava de fazer qualquer operação bancária(o simples levantamento de um cheque) demorava horas. Estávamos dependentes das linhas telefónicas. Bem...Vou descansar que amanhã é dia de trabalho.
Boa noite.

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