A Árvore das Mãos
O meu livro preferido foi durante algum tempo " A Árvore da Mãos" de Ruth Rendell. É sobre uma mãe que cria o seu filho de três anos sozinha, escreveu um livro de sucesso, logo está bem financeiramente, e a certa altura a mãe, maníaca-depressiva, vem passar férias com ela. O seu filho adoece com febres altas, e a mãe não deixa de a incomodar a pedir chás, jantar, completamente egocêntrica, embora não seja incapaz. A criança vai para o hospital pediátrico, e a escritora não larga a a cama, enquanto ele está numa tenda de oxigénio. Mas a mãe não quer estar sozinha em casa. E ela vai a casa dormir. A criança é operada e morre.
Depois entra a escritora em depressão e é a mãe que muito activa gere todos os processos, funeral , etc, pois em geral um choque emocional remete a depressiva para a fase "eufórica".
E aparece lá em casa com um miudo de três anos, loiro, como o que morreu e diz à filha que lhe fará bem tomar conta dele, é o filho de uma amiga que foi de férias...
A frase que está constantemente na cabeça da filha, destroçada, é "não devo odiar a minha mãe".
Mas como vê que a mãe é incapaz de tratar a criança, acaba por se encarregar dele, até que passados bastantes dias (ela não saía de casa nem via TV) vê num jornal, que a criança que tem ali, foi raptada, de um bairro camarário. Pensa imediatamente em devolvê-lo, mas não quer chamar a polícia, pois vai ser envolvida num escândalo, ninguém vai acreditar que não foi ela a raptar a criança, para substituir a perda do filho. Ao dar-lhe banho apercebe-se que o miúdo tem queimadelas de cigarro, e cicatrizes. Vai comprar roupa e calçado de boa qualidade e leva a criança para a secção infantil de uma biblioteca pública, onde o tenciona deixar , com um bilhete no casaco. Mas olha para a parede e vê um cartaz , uma árvore em que os ramos são as mãos das crianças que ali vão , desenhadas por elas, parecido com o que estava na sala do hospital pediátrico. Decide ficar com a criança. Manda a mãe de novo para casa do pai em Espanha ( a quem nem sequer fora comunicado que o neto, que ele não conhecia, morrera) e com o passaporte do seu filho desaparece para o Canadá, ou outro sítio (Portugal?). É um romance negro, com outras histórias entrelaçadas , mas esta questão, do egoísmo intrínseco das pessoas doentes sempre me afectou.
Depois entra a escritora em depressão e é a mãe que muito activa gere todos os processos, funeral , etc, pois em geral um choque emocional remete a depressiva para a fase "eufórica".
E aparece lá em casa com um miudo de três anos, loiro, como o que morreu e diz à filha que lhe fará bem tomar conta dele, é o filho de uma amiga que foi de férias...
A frase que está constantemente na cabeça da filha, destroçada, é "não devo odiar a minha mãe".
Mas como vê que a mãe é incapaz de tratar a criança, acaba por se encarregar dele, até que passados bastantes dias (ela não saía de casa nem via TV) vê num jornal, que a criança que tem ali, foi raptada, de um bairro camarário. Pensa imediatamente em devolvê-lo, mas não quer chamar a polícia, pois vai ser envolvida num escândalo, ninguém vai acreditar que não foi ela a raptar a criança, para substituir a perda do filho. Ao dar-lhe banho apercebe-se que o miúdo tem queimadelas de cigarro, e cicatrizes. Vai comprar roupa e calçado de boa qualidade e leva a criança para a secção infantil de uma biblioteca pública, onde o tenciona deixar , com um bilhete no casaco. Mas olha para a parede e vê um cartaz , uma árvore em que os ramos são as mãos das crianças que ali vão , desenhadas por elas, parecido com o que estava na sala do hospital pediátrico. Decide ficar com a criança. Manda a mãe de novo para casa do pai em Espanha ( a quem nem sequer fora comunicado que o neto, que ele não conhecia, morrera) e com o passaporte do seu filho desaparece para o Canadá, ou outro sítio (Portugal?). É um romance negro, com outras histórias entrelaçadas , mas esta questão, do egoísmo intrínseco das pessoas doentes sempre me afectou.
Comentários
Este até acaba bem. O miúdo ganha uma casa melhor e ela perde um namorado, acho que fica a ganhar.